December 30, 2009

Memoráveis

Pontos memoráveis do meu ano

  1. Fim do estágio
  2. Reencontro na virada cultural e conclusões
  3. Reencontro com ex-magnânimo e fim de um lenga-lenga de 6 anos
  4. Mudança de rumos: amigos da faculdade
  5. Viagem Buenos Aires 2
  6. Doença vovó Zelita: momento de doação 1
  7. Aprendizado coletivo: amigos de jornada antiga
  8. Doença vovô Lauro: novos rumos familiares
  9. Monografia
  10. Finalizar o ano estando apaixonada de novo

esparsamente falando...

só se fica sozinha quando se quer. só se perde a fé quando se esquece de olhar em volta. só se sofre pelos outros quando se permite. só fica com raiva do ser humano quando se esquece que todos estão em constante evolução espiritual.

*

esse ano vou voltar a fazer coral.

*

ainda não sei o que mais vou fazer profissionalmente. estou terminando de me ouvir. já decido. mas fato é: os sininhos mentais vão tocando e tenho insights matinais que sempre anoto, pois sei que são avisos e indicações.

*

to varada de saudades das minhas amigas! preciso voltar pra casa. o processo em São Vicente acabou. meu papel está cumprido. quero casa. negada, segura que eu to chegando! quero vocês!

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como não consigo ficar longe das minhas mandingas de fim de ano, hoje fui numa casa de velas e comprei meu arsenal. tudo bem, pode falar que se amuleto resolvesse eu mesma poderia ser meu amuleto, mas acredito em energias e é por isso que faço mandiguinhas. adooooro...

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última paixão adquirida: montar trilhas sonoras (parece que o nome disso agora é podcasts... enfim.)

curso das coisas



Em São Vicente eu vi um por do sol fantástico anteontem. Voltando do Guarujá, a paisagem dos morros de mata densa; já na balsa ouvi palavras doces ao telefone de alguém que tem sido importante, foi um dia bem chuvoso, bem úmido, a paisagem estava bem como eu gosto: mata atlântica parece ainda mais densa em dias assim. O mar fica indeciso, se revolta só na superfície. 
Já no ônibus, da ponta da praia para São Vicente vim ainda mais apaixonada, agradecendo por aquele por do sol, que passou de um laranja lindo para um lilás, depois o roxo e o azul de muitas nuances... até escurecer de vez. Cheguei em casa pronta pra ser atribulada novamente. Daí vi que não importava, pois no caminho Deus já tinha acalentado meu espírito...

December 29, 2009

é tudo por (causa) (d)ele

  

vovô no rancho. minha razão pra tudo. meu porquê nessa vida.

   Senhoras e senhores, encerrei uma era da minha vida. Existiram vários marcos, dentre eles minha formatura, a doença do meu avô, o fim de um (internamente) tumultuado relacionamento escabroso de quase seis anos, crises em meus relacionamentos (familiares, de amizade, profissionais), o desemprego e mais outras coisas sem ponto final ou definição clara.
   Antes que melhorassem, as áreas da minha vida realmente deram reviravoltas inimagináveis. Acabei aprendendo realmente como simplificar. "Se amar fosse fácil, não haveria tanta gente amando mal, nem tanta gente mal amada." Hoje eu simplesmente amo. Sem pensar em como ou nos porquês, nos jogos de recompensas anteriores e nas lutas travadas com egos e neuras.
   Inicio esta nova fase ainda com uma certa náusea depois do estouro que foram os últimos cinquenta dias, mas com a fé restabelecida, já que novamente me mostraram que o desespero não leva a lugar algum, pois Deus sem-pre sabe o que faz. Tapas na cara depois, cá estou eu de olhos abertos. E feliz também por ter sido capaz de reconquistar minha sensibilidade.
   Pus pontos finais importantíssimos nos últimos tempos (um ontem mesmo inclusive), colhi alguns reveses frutos das irresponsabilidades passadas enquanto estava tumultuada, mas estou entrando agora com a cabeça mais do que erguida e a coluna ereta, olhos abertos, vida clara e consciência plena. Entro 2010 apaixonada. Deus, como fazia tempo... Permitindo, não podando.
   Meu céu tem muitas possibilidades, mas não me preocupo em relação à elas, já que sei que meus caminhos serão lindos, seja lá qual opção eu escolher. Só preciso ouvir mais um pouquinho minhas paixões antes de escolher. Do mesmo jeito a atmosfera dos últimos tempos tem sido úmida, densa, rica, fortalecida.
   Feliz Ano Novo.

December 08, 2009

Lord, that lonely girl


A woman left lonely will soon grow tired of waiting,
She'll do crazy things, yeah, on lonely occasions.
A simple conversation for the new men now and again
Makes a touchy situation when a good face come into your head.
And when she gets lonely, she's thinking 'bout her man,
She knows he's taking her for granted, yeah yeah,
Honey, she doesn't understand, no no no no!
Well, the fevers of the night, they burn an unloved woman
Yeah, those red-hot flames try to push old love aside.
A woman left lonely, she's the victim of her man, yes she is.
When he can't keep up his own way, good Lord,
She's got to do the best that she can, yeah!
A woman left lonely, Lord, that lonely girl,
Lord, Lord, Lord!

j. joplin

December 04, 2009

The blue pill opens your eyes
Is there a better way?
A new religion prescribed
To those without the faith
A hero holding a knife
And blood is not enough
Is it too late to go back?
Is it too late to go?
There's no-one here
and people everywhere
You're on your own


Temos uma idéia sobre a vida, uma projeção de como queremos viver, de como vamos construir nosso trajeto. Como, quando e onde. Ficamos presos a perguntas e indagações sobre onde a nossa jornada vai nos levar. Sonhos mesmo. Sou meio piegas. Acho que nesse ponto todo mundo é ou já foi. E é um problema. Porque a vida real tá aí. Fato. Estamos sempre. Os buracos aparecem. As coisas dão errado. As falhas se tornam mais e mais perceptiveis. O baque é inevitável.
E ninguém aqui é super heroí.
Não dá pra fazer tudo, não dá pra ser bom em tudo.
"Não dá pra abraçar o mundo". Já ouviu isso?
Porque acabamos subvertendo sentimentos, remoendo mágoa, causando desconforto. Em nós e nos outros. É um descompasso. É a frustração iminente.
Acontece.
Estou num movimento ciclico de reforma. Porque como eu disse, sei que não é possivel ser bom em tudo. O tempo todo. Não é possivel esperar que as pessoas façam as coisas exatamente como fariamos. São outras pessoas. Não é possivel não se magoar quando você está numa relação de intensidade absurda, tensão e descontrole. Pro bom e pro mal sentido. Não quero ser auto-destrutiva, auto-destrutível, nem amarga. Porque é sim uma questão de fé. De ajustamento. De comunicação com a sua volta, com o seu próximo, com o seu principio. E mesmo pessoas que se amam diferem no modo como tratam seus problemas de aceitação do mundo e dessa realidade.
Quando a gente acha que atropelou uma coisa, que passou por cima, que alguma coisa morreu, é importante ter cuidado. Cuidado conosco. Com o coração. É a pieguisse de novo. Quando você se vê numa situação sem remédio, sem conserto, qual a saída? não há saída?

O desespero é algo pesado demais para se carregar o tempo todo.

Tenho fé, sim. Na ação inexorável do tempo. No remédio que nós desconhecessemos, que nós não tentamos. Nas brechas, nas reviravoltas da vida. No amor. No infinito e na plenitude.
Novos caminhos, trajetos. Nós podemos fazer diferente.
Porque assim é a vida real. Cheia de possibilidades.