Acho clichê falar sobre o mundo. Nos dias de hoje tudo soa clichê na verdade. É tudo instantâneo. A maioria das pessoas continua muito mais interessada no ter do que no ser. Sem novidades até então. Mas, na real, não vim trazer novidades. Só alguns pensamentos.
Quando fico atordoada pela quantidade de coisas e informações que se arrebentam em mim, acabo travando. Eu paro. Torno-me incapaz de agir depois de decisões tomadas. É sempre assim. Acabo tendo que fazer um esforço subumano pra filtrar tudo: emoções minhas, emoções e demandas alheias, acontecimentos, afazeres, tarefas, obrigações. E esses afazeres, tarefas e obrigações são em casa, no trabalho, na faculdade e na vida social. Não existindo um que cobre menos ou mais do que o outro. Tudo é cobrança. E tem que ser rápido.
Disse por e-mail à uma amiga uma frase do Andy Warhol: "Tenho uma interpretação muito livre de trabalho, porque acho que estar vivo já dá tanto trabalho que não queremos fazer mais nada". E é isso mesmo. Foi muito mais fácil viver em qualquer outra época antes da nossa. Ta, forte e impensado isso. Mas tem sua verdade. É tão difícil não ser turbinado de informações. Silêncio virou luxo. Estar só com seus pensamentos mais ainda.
Quando chega o fim de semana eu tenho que cuidar das coisas da faculdade e quero ver amigos. Sempre tenho afazeres familiares e religiosos e quando vejo, já não existe mais tempo. Já é domingo e eu não vi amigo nenhum, fiz metade dos trabalhos da faculdade, não arrumei guarda-roupa, não me dei conta de que preciso de um sapato novo, não cozinhei nada de diferente, como planejado. Não nada. Não, nada mesmo!
E é um desaforo isso. O desaforo maior é tratar tudo o que eu fiz como ‘nada’. Acaba sendo uma parte tão pequena do bolo que chamamos de ‘nada’. Mas foi bastante. Escrever 20 páginas, resenhar um livro, ler 2 artigos acadêmicos longos e em inglês, dar atenção à mãe, pai e avós, além dos afazeres pequenos diários... não é pouco para um sábado e um domingo. E ainda assim me sinto pequena, já que não consegui encontrar nenhum amigo, sair pra nenhuma balada, não tive uma conversa sobre mim com ninguém, não tive vida social nenhuma.
É uma sensação de insuficiência e impotência que não cabe na correria. Vamos acumulando desgostos diários, em pequenas doses. Incapacidades de digerir tudo. O filtro realmente não suporta a velocidade das coisas.
Quando fico atordoada pela quantidade de coisas e informações que se arrebentam em mim, acabo travando. Eu paro. Torno-me incapaz de agir depois de decisões tomadas. É sempre assim. Acabo tendo que fazer um esforço subumano pra filtrar tudo: emoções minhas, emoções e demandas alheias, acontecimentos, afazeres, tarefas, obrigações. E esses afazeres, tarefas e obrigações são em casa, no trabalho, na faculdade e na vida social. Não existindo um que cobre menos ou mais do que o outro. Tudo é cobrança. E tem que ser rápido.
Disse por e-mail à uma amiga uma frase do Andy Warhol: "Tenho uma interpretação muito livre de trabalho, porque acho que estar vivo já dá tanto trabalho que não queremos fazer mais nada". E é isso mesmo. Foi muito mais fácil viver em qualquer outra época antes da nossa. Ta, forte e impensado isso. Mas tem sua verdade. É tão difícil não ser turbinado de informações. Silêncio virou luxo. Estar só com seus pensamentos mais ainda.
Quando chega o fim de semana eu tenho que cuidar das coisas da faculdade e quero ver amigos. Sempre tenho afazeres familiares e religiosos e quando vejo, já não existe mais tempo. Já é domingo e eu não vi amigo nenhum, fiz metade dos trabalhos da faculdade, não arrumei guarda-roupa, não me dei conta de que preciso de um sapato novo, não cozinhei nada de diferente, como planejado. Não nada. Não, nada mesmo!
E é um desaforo isso. O desaforo maior é tratar tudo o que eu fiz como ‘nada’. Acaba sendo uma parte tão pequena do bolo que chamamos de ‘nada’. Mas foi bastante. Escrever 20 páginas, resenhar um livro, ler 2 artigos acadêmicos longos e em inglês, dar atenção à mãe, pai e avós, além dos afazeres pequenos diários... não é pouco para um sábado e um domingo. E ainda assim me sinto pequena, já que não consegui encontrar nenhum amigo, sair pra nenhuma balada, não tive uma conversa sobre mim com ninguém, não tive vida social nenhuma.
É uma sensação de insuficiência e impotência que não cabe na correria. Vamos acumulando desgostos diários, em pequenas doses. Incapacidades de digerir tudo. O filtro realmente não suporta a velocidade das coisas.