August 11, 2010

Sobre o zelo e a mulher

Imagem daqui.
Ser mulher é realmente uma coisa inevitavelmente trabalhosa e custa caro. Ontem dei graças a Deus por não ter desencanado de pagar meu convênio médico (que já não é muito barato). Quatro exames de rotina teriam me custado mil e trinta e oito reais sem o convênio. Posso com isso?
Mas vem cá? A pessoa vai lá, marca consulta com ginecologista (detesto esse nome), marca exames de check-up, vai fazer os exames, sente mil incomodos, passa por pequenas vergonhas necessárias. Na clínica é ainda mais estranho. Fui lá, clínica chiquérrima especializada na saúde da mulher. Morta de fome, já fiquei feliz pois vi que tinha um café por lá. Pedi um sanduíche de peito de peru e um suco de maracujá. Quanto é? Ah, de graça?! Que ótimo, obrigada...
Subi, me troquei, pus o roupão e continuei com as botas country - já vermelha de vergonha do que aconteceria naquela salinha. Fiz exames, gel para todos os lados, tudo bem, exames claros e tranquilizadores. Trocada novamente, desci... Me vê um capuccino, por favor? O melhor da minha vida. Juro. Saí de lá feliz da vida.

Tá. Feliz da vida. Não só pelo melhor capuccino que já tomei na galáxia, mas por algo muito mais elementar. Todo mundo sabe que meu maior sonho é ser mãe. E nesse ano decidi que começaria a preparar meu corpo para tal. Daqui a 2 ou 3 anos, quando decidir que é hora, tudo que depender de mim estará bem. Então fui ao médico fazer exames e com um certo medinho de aparecer alguma coisa de errado (como um bebê, hahahahaha - brincadeira), mesmo sabendo que as chances seriam mínimas. Mas, quando saí de lá com os resultados e já sabendo que realmente estou com a saúde mega em dia... Meu... Bateu uma, mas uma tranquilidade inexplicável.
E ainda mais: não foi só uma tranquilidade, mas um sentimento de completude pessoal e de repúdio a mulheres que não se dão o devido valor. Veja bem, não to falando de quem dá mais do que chuchu na cerca - cada uma sabe o que faz e aquilo que põe, literalmente. Mas daquelas que dão mais do que chuchu na cerca e se tratam como nada, jamais se cuidam, não tem o menor zelo consigo mesmas. Não sou puritana, nem moralista. To só defendendo uma única opinião: mulher tem que se cuidar mesmo. Nosso corpo é muito mais sagrado só pelo simples fato de poder gerar uma criança.

Mas ok. Pode só ser coisa de quem tem plena convicção de que quer ter um filho num prazo de dois anos. Mas zelar, não é só fazer exames e usar produtos e cuidar da aparência. Zelar mesmo é mais. É se amar e não deixar nada nem ninguém te fazer mal. E ter a cabeça tranquila em tudo que faz e por tudo que fez. É cuidar de verdade e saber onde pisa. Enfim. Ser mulher é não ser leviana. E saber que tudo, mas tudo tem muito valor. Independente das suas decisões e dos seus atos, tudo continua tendo muito valor.

2 comments:

Raimundo Neto said...

Porque se eu fosse assim visitar SP, depois da Lubi, seria a segunda ´pessoa que eu gostaria de conversar!
Você!

Claris said...

Que delícia de comentário... ;)
Tomara que vc venha. E logo!