September 10, 2010

self-dignity

 Imagem do Bright Tal
Essa é uma reflexão extremamente pessoal sobre temas como: trabalho, dinheiro, realização de sonhos, ambição, coragem, respeito e dignidade. Estou no ponto em que tenho ficado aproximadamente 13horas por dia trabalhando ou em atividades relacionadas. Mais tempo de ida e de volta pra casa. Mais tempo de almoço. Tenho ficado 16horas ou mais fora de casa somente trabalhando ou em atividades relacionadas. 
Tais trabalhos (que quem me conhece sabe que são dois) e as atividades relacionadas não incluem estudos, cuidados pessoais, atividades de lazer, etc. Mesmo eu tendo que admitir que trabalhar no Outras Palavras é delicioso, mesmo em dias estressantes. Porém o mesmo não posso dizer do meu outro trabalho, infelizmente. E não exatamente por ser lá. Mas sim por que eu me identifiquei de cara, corpo e alma diretamente com o Outras e nos últimos tempos, apesar dos esforços para me desdobrar nas funções crescentes dos dois, tenho deixado a desejar. Nos dois. 
No Outras comecei como voluntária. No Urb. já efetivada. No Outras foi paixão à primeira vista. No outro era apenas algo que eu considerava como "legal" e uma boa forma de me manter, bom salário e tal. Mas, agora, chegou o momento que tenho que escolher. Principalmente por também já estar contradada onde antes era voluntária. 
Meu plano inicial era ficar nos dois até dezembro e juntar uma grana, fazer e acontecer. Mas a realidade bateu: minhas funções em ambos trabalhos cresceram demais e eu tenho abnegado de muita coisa e aguentado muito desaforo (bravo mesmo) de um dos chefes que já percebeu que, bem..., não é lá que eu quero estar. A ponto dele ter atrasado meu pagamento em um mês e no outro (esse) ter me pago em 2x. A primeira quarta-feira e a segunda... ainda por vir. Como se fosse uma forma de pressão à moda judaica (ele é judeu).
Daí, no começo dos surtos psicóticos eu pensava... Ah, vou aguentando e levando como der. Quero a grana! Mas agora, depois de quase dois meses levando bombada atrás de bombada (e não no bom sentido) preciso ter a dignidade de admitir que estou sendo falha em um dos lugares e desonesta por não mais conseguir cumprir com os objetivos e compromissos que assumi quando fui contratada. Enquanto no Outras Palavras só consigo pensar que se ficasse lá 8horas por dia seria muito mais eficiente e feliz. 
Acaba sendo uma amnhã de tormento e uma tarde/noite de felicidade. Assim não dá, né? Então, com coragem e por respeito ao cara que me deu uma oportunidade quando eu mais precisei, vou renunciar ao meu trabalho da manhã. Gosto de ambição. Mas meu ego faz com que eu me sinta péssima a cada vez que eu falho em um ou em outro. Ou comigo mesma. Logo. Tá insuportável. O chefe e minha ineficiência por não conseguir... hum... abraçar o mundo com as pernas (?).
Junk-food, falta de tempo de estudar, ver amigos, me cuidar (pra ir num salão de beleza durante a semana preciso faltar no trabalho), mal conseguindo me vestir bem, surtando com os outros, esquecendo coisas pessoais importantes... Isso não sou eu. Passar os dias sem paixão? Isso definitivamente não sou eu.

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