January 23, 2006

Faça-me um favor e morra!









No fundo, depois de deitar na minha cama e pensar bastante sobre o quanto eu estava me tornando amarga, aquelas aflições parecem medíocres. Talvez não fossem, só pareceram.
A dificuldade de falar de você se tornou aceitável com o passar do tempo. De repente agente não se conhecia mais, e eu fui assistindo dia após dia você perder o seu caráter. Foi bem triste na verdade. Apesar de que às vezes é melhor rir pra não chorar. Não tínhamos mais afinidade pra discutir a sexualidade duvidosa do Marylin Manson, não tínhamos mais saco pra relembrar a nossa história e voltar no tempo, não dividíamos mais o mesmo cigarro, e na verdade, depois do inferno que tudo se transformou, eu não tinha nem mais vontade de olhar pra você. E o engraçado é que eu continuo não tendo.
Eu queria tanto escrever amenidades comuns das pessoas normais! Mas sou impossibilitada por causa de um maldito bloqueio mental que eu criei pra te repelir. Ah, chega ser ridícula essa minha mania de fantasiar histórias com você,
[ Adoro imaginar que estou andando pela rua com uma bolsa Dior maravilhosa, com o cabelo perfeito, implante de silicone, unhas feitas, maquiagem impecável, sapatos Luis Vitton, uma regatinha branca super Baaasica, um super jeans, cheia de sacolas da Dolce & Gabanna e de repente eu passo por você e faço uma cara de quem está pensando “ Você é desprezível”...] E eu também tenho essa mania de sempre escrever coisas tristes a nosso respeito. Dividimos tanta coisa, tantas dores... E agora chego a achar que nunca mais falarei com você novamente. Também pudera né?Não tem nem cabimento. Se suas desculpas foram sinceras darling, hoje elas não me servem de nada. Será que eu vou ter que levar o fardo dessa traição pro resto da vida? Isso já perdeu a graça. Você se lembra quando aquele cabeludo maravilhoso foi embora dizendo pra você “Tchau amor, até amanhã” e nunca mais voltou?E o pior, quando você descobriu que o mesmo cabeludo tinha outras 3 namoradas sem contar com você? Fiquei realmente preocupada quando você tirou todos os piercings. Mais ainda quando você começou a arrancar os cabelos no meio da rua. Que cena hein? Eu estava lá. Eu sempre estive lá. Porque aquele 19 de Maio de 2001, onde o sol brilhava acima de todas as coisas e nós jogávamos RPG na casa de um mero desconhecido, aconteceu uma coisa mágica. Você mudou meu destino, eu mudei o seu destino. E ele, o cabeludo maravilhoso, mudou o nosso destino. Só que hoje, o maravilhoso não parece tão maravilhoso assim. O legal da história seria se eu simplesmente esquecesse a sua existência e vivesse como se você nunca tivesse feito parte da minha vida, e nem ROUBADO o meu namorado... Aí que falta de caráter hein moça! Tudo bem que roubar não é um termo aprpriado e ele não mais tão namorado assim... Mas poxa né? Não deixou nem eu afogar as magoas e já caiu pra cima do cara? Que papelão!
Só que não dá! Aí, eu já fiz de tudo: Psicólogo, centro espírita, tratamento zen, altas baladas, níveis alcoólicos elevados... Mas não sei o que acontece, você ainda está ali. Não foi convidada e nem é bem vinda, mas esta ali! Jamais posso dizer que não tenho magoa ( Por vezes ódio, um ódio indescritível, o que é natural) e eu digo isso não só por você ter chegado as vias de fato, como chegou. Isso só foi um deja vu, algo que pra mim já tinha acontecido. E ainda me vem você, com a sua prepotência impar me dizer meia dúzia de palavras arrogantes e grosseiras, me desconcertar por estar tentado te pedir desculpas, desculpas por você ser uma grande filha-da-puta.?! Faça-me o favor né? Eu devia ter arrebentado sua cara quando tive a oportunidade, mas afinal, isso faz alguma diferença?

Quando eu mais precisei de você, você me traiu, e não teve sequer a dignidade de me contar o ocorrido! Pela Santa Ignorância, onde eu estava com a cabeça???
Já chorei, já quis morrer, já quis que você morresse ( um milhão e meio de vezes), já voltei atrás algumas delas... Já tentei dar risada ( o foda é que nem é engraçado!) Assim que tinha que ser é? É. E eu adoro clichês; A vingança é um prato que se come frio.



.

January 18, 2006

Jogado às traças!


Tá, eu sei. Não precisa nem me dizer. Abandonei. Mas juro, não foi por mal. É essa vida corrida, sem eira nem beira, nem eixo nem rotação, sem lógica ou razão, sem ética ou moral!!! To escrevendo só pra dizer que no outro apartamento que eu morava tinha dessas tracinhas aí da fotinha pelas gavetas da cozinha e que eu matei váaaarias espirrando bom-ar (sabe, aquele aerosol que dá cheirinho nos ambientes?) na falta de coisa melhor e no desespero quando eu as via andando pelos talheres! Aí um dia eu descobri que quando a gente as mata fica uma gosminha prateada grudada no utensílio matador. A pena disso é que eu acabei com gosminha prateada na minha mão. Yécathy!
Mas tudo bem, inutilidades à parte, quero falar que to gostando do meu trabalho, que tá rendendo um $$$ razoável e que meus 25 filhos estão com leitinho na pancinha. Peço desculpas às pessoas dos blogs alheios que eu não visito mais e deixo claro que minhas aparições serão sempre raras. Tristemente. Por pouco tempo.

January 09, 2006







As novas etapas chegam de forma inesperada. Um telefona, um telegrama, um sinal de fumaça que muda a sua vida por completo. Eu fiz a minha escolha e sei que a minha vida é feita de adoráveis mudanças. Boas e ruins. Produtivas e destrutivas. Doces e amargas.....
Sempre que eu vou escrever uma nova pagina da minha vida bate um medo confortável, uma aflição gostosa e extremamente diferente. Tenho que me jogar, me jogar mesmo. Dizem que a sorte gosta mais de quem brinca com ela. Eu concordo. Não tem nada melhor do que ariscar na esperança de encontrarmos o caminho, que, mesmo que não seja o certo, nos traz uma felicidade absurda.
Hoje, aqui, ultimo dia no escritório, cheia de coisas pra fazer, com a cabeça na lua perdida na minha nostálgica mágica de todo começo. A vida é cíclica. Ou pelo menos deveria ser.


-------> De repente, uma vontade de gritar. <----------