June 29, 2007

Post número 328 ou Balanço do Semestre

Como alguns puderam acompanhar por aqui, no fim do ano passado a faculdade que eu fazia fechou meu curso. Depois disso começou uma maratona atrás de um curso à altura e mais os trâmites de negociações para a transferência, papeladas, conversas mil, desesperos, medos de não dar certo, correirias mil até que apenas em fevereiro, pós-carnaval, eu estava finalmente matriculada na nova faculdade, com o ônus de um semestre à mais por conta de matérias que não podiam ser perfeitamente adaptadas da grade anterior para a da nova faculdade.

Tive que fazer algumas matérias com semestres anteriores ao que eu estava regularmente cursando e agora eu já nem sei se passei pro sexto semestre ou se tecnicamente ainda estou no quinto ou se minha matrícula é pelo sétimo. ENFIM, um rolo considerável. Mas considerando os semestres já cursados, estou indo para o sexto semestre. Durante esse semestre que passou eu tive meu período de adaptações à nova realidade e minhas notas no primeiro bimestre foram meio catastróficas, mas depois vieram consideráveis recuperações no bimestre seguinte. Sò para terem uma idéia, em Introdução ao Estudo do Direito tive um 6,0 e depois um 9,5, já em Economia tive 5,4 e depois 7,8. Porém, porém, poréeeemm... peguei DP em Teoria de Realções Internacionais 1. Minha média final nessa fuckin matéria foi 4,6! EU nunca havia tirado uma nota menor do que 8,0! auahuahauhauahuha... Foi só o Gilberto Sarfati entrar na minha vida, cismar que fiz dois plágios num trabalho de 37 folhas digitadas (e anulá-lo!), desconsiderar alguns raciocínios nas provas e rebaixar minha capacidade de análise crítica que minha vida desandou. E o pior: ainda tenho mais um semestre com ele (o da DP) e ainda depois outro de Teoria 2. Vou encarar como um teste de capacidade...rs


Fora isso, terminei um estágio e decidi ficar em cas apor um tempo, apenas estudando e quanto mais tempo eu tinha livre, mais ele se transformava em tempo ocioso. Mesmo. Então, preciso sair dessa vida de eterno fim de semana. xD


Bom, profissionalmente foi tudo o que aconteceu.
Agora preciso continuar na minha jornada de encher minha rotina de ofícios (in)úteis pois infelizmente julho não vai parar no dia 22 e dia 23 é quase que fatídico.

June 24, 2007

Sagá adverte: Tolstói provoca.

Capa dura e caixa especial.
Ed. CosacNaify;
816 páginas;
8 ilustrações;
16 x 23 cm;
1,55 kg;
ISBN 85-7503-473-1
Publicação: nov. 2005

Não que não o ame ou que não me sinta digna de seu amor. Talvez não saiba mais amá-lo fervorosamente de tanto que já tentei me habituar aos seus olhos, toque, pele, gostos e cheiros que estarão ausentes logo mais. Não que goste de jogos de azar, mas este amor tem se mostrado como um jogo para perdedores, daqueles que você aposta suas fichinhas mas vai perdendo-as aos pouquinhos. Mas mesmo assim, um dia de cada vez e muitos beijos com sorrisos logo em seguida. (cara, eu adoro quando eu abro os olhos e encontro seu sorriso)
Já sou uma pessoa melhor depois dele, o amor mais escandalosamente sincero que já tive. Dentre tantos problemas posso dizer que ele é a parte boa da história. Mas provavelmente devo ser uma daquelas pessoas de coração bondoso e alma iluminada que encontram sérias dificuldades em fazer bondades. Às vezes interpreto seus olhares vacilantes como frios e indiferentes. Outras vezes levo palavras ao pé da letra, como aluno iniciante, amador, que só enxerga no sentido literal. Mas outras, quando de relance, quando paro de me fazer perguntas absurdas e de respostas que só obtemos no momento anterior ao da morte, é que passo de relance meus olhos esperançosos e atrapalhados por sobre os pensamentos dele e vejo, enxergo, tudo aquilo que preciso para manter minha alma aquecida.
Depois disso, percebo que preciso parar de cobranças banais e leves ciúmes infundados que só o chateiam e o afastam da pessoa pela qual ele cegamente se apaixonou, um dia deu à ela o livro que tornou-se o de vida dela, escrevendo na contracapa palavras que a descreviam como “incrivelmente maravilhosa”, com sua própria letra, no seu Anna Kariênina edição especial.

Primeiro bom motivo para você ler Anna Kariênina
(recomendo que leiam algo do link dali de cima para não viajar no trecho que eu transcrevi, se caso ainda não sabem de nada sobre o livro)

“Vrónski seguiu o condutor até o vagão e, na entrada do compartimento, parou a fim de dar passagem a uma senhora que desembarcava. Graças ao tino habitual em um homem mundano, com um único olhar para o aspecto dessa senhora, Vrónski classificou-a como pertencente à mais alta sociedade. Desculpou-se e estava prestes a entrar no vagão, mas sentiu necessidade de observa-la outra vez – não por ser muito bonita, nem por ter uma graça elegante e discreta, que se percebia em toda sua pessoa, mas porque, na expressão do rosto gracioso, ao passar por ele, havia algo especialmente meigo e delicado. Quando olhou para trás, ela também virou a cabeça. Os olhos brilhantes e cinzentos, que pareciam escuros devido aos cílios espessos, pousaram com atenção e simpatia no rosto de Vrónski, como se ela o tivesse reconhecido, mas, logo depois, voltou-se para a multidão que se aproximava, como que à procura de alguém. Nesse breve olhar, Vrónski teve tempo de perceber uma vivacidade contida, que ardia em seu rosto e esvoaçava entre os olhos brilhantes e o sorriso quase imperceptível, que arqueava os lábios rosados. Parecia que o excesso de alguma coisa inundava seu ser e, a despeito da vontade dela, se expressava, ora no brilho do olhar, ora no sorriso. Intencionalmente, a mulher apagou a luz dos olhos, mas essa mesma luz cintilou, à sua revelia, no sorriso quase imperceptível.”
Admiração:
do Lat. admiratione, s. f.,
ação de admirar;
espanto;
surpresa;
assombro;
pasmo.
É ele por ela.

June 18, 2007

Programações

Provas quase terminando e eu já saltitante pra ver várias coisas!! Quem quiser ir comigo é só avisar.

Pra quem gosta de cinema documentarista, o prato tá cheio. No Centro Cultural São Paulo começa amanhã uma série de filmes de Francisco Cavalcanti, como descreve a programação de lá, o projeto tem como objetivo recuperar para as novas gerações a produção realizada na Boca do Lixo paulistana. O homenageado é o ator e diretor de cinema Francisco Cavalcanti que, com seus filmes, conquistou o público nas décadas de 1970 e 1980. Vai de 19 a 24 de junho.

Daí, vem uma série de documentários sensacionais de Harun Farocki. Com certeza vou assistir Imagens do Mundo e Epitáfios da Guerra e Videograma de uma Revolução. Programação completa aqui.


Já pros fãs dos clássicos, no Teatro Municipal de São Paulo será apresentada A Italiana em Argel, de Rossini. Dias 23, 25, 27 e 29, 20:30. Dia 1º/07, 17h. R$20 a R$40, mas no dia 25 será entre R$10 e R$20. Vale muito a pena!

Hoje ficam essas duas dicas. A Aly publicou no Quarto dela a programação especial do Centenário da Frida Khalo, que ela quase não gosta! =p É um espetáculo de dança que está para estrear. Se nós vamos? Imagina só se já não estamos lá.



Agora imagine só: meu aniversário, o da Aly e do Chicken Little no mesmo dia somados ao aniversário do meu Querido e mais sua despedida de sampa, tudo numa festa só, com todos os amigos dos quatro juntos... Acho muito bom que dê certo o plano!

June 11, 2007

Acho que eu to ficando velha!

Vamos resumir o assunto. A festa junina não acabou muito cedo. Eu não consegui estudar direito sábado e praticamente nada domingo. Minha mãe estava de folga, fomos fazer feira, cozinhamos juntas, namorado passou rapidamente em casa, amigo querido liga e diz que estava com uma garrafa de Absolut me esperando na Consolação... Daí eu fui. Mas de qualquer forma já era 18h e não conseguiria mais estudar tudo o que precisaria. Chutei o balde. =p
Fui pra Parada GLBT, Av. Paulista mais do que cheia. Intransitável, praticamente. Encontrei o amigo querido, compramos algumas coisinhas de comer, bebemos uma dosesinha de vodka, descemos a Consolação, dançando, curtindo, mas tinha muita coisa me deixando desconfortável. Por exemplo: até o ano passado, quando se reuniam mais ou menos 1 milhão de pessoas na Parada, era bem mais agradável. Este ano foram mais ou menos 3 milhões. Resultado: muita gente que foi pra vadiar, vários caras andando de cueca e tênis, as travestis muito mais vagabundas, muitas garotas vagabas e vestindo coisas que na realidade não vestiam... Tava péssimo nesse quesito. Muita gente feia, mal educada, vileira... Mas o que mais podia-se esperar?
Acredito que o movimento popularizou-se e então virou merda. Não que nos outros anos não tivesse tudo isso que eu citei, mas era em menor proporção! Eu ia com o pessoal e não se via tanta vagabundagem explícita, pelo menos eu não via... Não sei se tem a ver com a glamourização do esteriótipo dos GLBT, das drogas, do sexo, da vida Glam, do crime (pessoas do hip-hop, me desculpem, mas é a pura verdade! do meu ponto de vista), provavelmente tem. Pudor faz bem às vezes e ou estou ficando velha, ou tá tudo muito sem valor. Mas enfim... isso não é perceptível apenas na Parada Gay, não. É em quase todo lugar que eu vou, a própria galera que costumava curtir música eletrônica apenas pelo som, por gostar da música, já é minoria. (veja isso)
Bom, mas mini-protesto à parte, cá estou eu pensando se vou ou não fazer minha prova mais importante hoje. Talvez fosse melhor pagar por uma substitutiva.

June 09, 2007

Breve nota do desespero!

Ainda não sei o que está errado: minha semana de provas ser na época de Festa Junina ou a Festa Junina da paróquia na frente de casa começar meio-dia e terminar só meia-noite. Tenho um sério problema, não consigo estudar ao som de Moraes Moreira, Elba Ramalho, músicas de São João e pula-fogueira-iáiá-pula-fogueira-iôiô, capelinha de melão, asa branca... Resultado: são 15h e eu fiquei só fazendo download das lições de alemão do Deutsch Welle, pois não consigo efetivamente estudar alemão, e fiz compilações de notícias internacionais, pois lê-las devidamente também não consigo. Ler? Não. Escrever? Também não! Se concentrar só um pouquinho? I don´t think so. E amanhã é Parada Gay, eu tava bem feliz, lembram? Mas agora já não sei se consigo ficar tão feliz assim, já que vou ter que estudar de qualquer jeito... dois dias praticamente jogados fora com essa coisa de é noite de São João! Agora essas são minhas opções: ou vou na paróquia e acabo com o vinho quente/quentão deles e participo da festa ou sei lá, mando instalar janelas anti-ruído, me mudo pra uma biblioteca bem silenciosa ou me conformo com minha DP na matéria cuja prova é segunda-feira. Humpf. To tão desesperada que começo a rir sozinha!

June 06, 2007

They tried to make me go to Rehab. I said no, no, no.

Olha, eu gosto muito, demais de uma dona chamada Amy Winehouse. Nas músicas dela sempre sai um "So, I´ll always keep a bottle near", "I´ll drink for him tonight", "At least Im not drinking" e afins. E eu juro, juro que não sabia quando comecei a ouvir e me apaixonei pela voz de louca dela. Ah, a primeira música do disco e single, por sinal, chama-se Rehab.
Amanhã tem festa. Das boas. Das mais legais. Das mais hards. Como há moito tempo não tinha!
Hoje tem cineminha e coffee com minhas queridas. Até que enfim vou ver a Lubi, meeeeeses depois! Adoro essa menina! Ela é mto doce, gente. Como pode? Tinha planos pro fim de semana até me atentar pra apenas um detalhe: semana de provas chegando. Mas mesmo assim, domingo TEM Parada GLBT no quintal de casa.
Ando me sentindo capaz do perdão, sabe? Ou posso estar confundindo as coisas e na realidade eu apenas tenho parado de pensar em coisas que já se passaram há taaanto tempo e que até hoje me faziam sofrer de alguma maneira. Fui na terapeuta domingo passado e depois de 4 horas de conversa, falando sobre muitas coisas, ela me fez perceber como tem coisas dessas que já fazem 2 ou 3 anos. Ou mais até. E às vezes ainda me machucam. Enfim, pode não ser mágoa, talvez seja apenas a incapacidade de fechar a porta de vez para pessoas que foram importantes de uma forma ou de outra. Mas um ponto importante é: senso de justiça aflorado te faz fechar a porra da porta rapidinho, derreter a chave numa caldeira, devolver o mal feito pra você, mandar pra PQP, colocar o maior salto alto de cetim preto que se tem no cabaré e ainda mandar um beijinho na saída. Done.
De repente, a velha sensação.No-va-men-te.A solidão já me acostumou. Eu repito e minto.Talvez, numa dessas repetições vãs, se torne verdade. Tem como não amá-la? Como assim, quem? A Lubi, claro. Sempre com palavras doces.