July 05, 2007

Perfeitos desprazeres

No dia do meu aniversário, no CCSP, será exibido o filme do livro da minha vida. Coincidência? Talvez seja o universo indo à meu favor. Nesse dia eu ainda vou querer receber a ligação mais esperada do mês de julho. Não tem como não dizer que será o dia mais excitante do meu ano (quem sabe? eu não sei mais de nada!). Intenso, forte, difícil, incrivelmente triste e incrivelmente feliz ao mesmo tempo. Não digo aqui exatamente o porquê, mas adianto que será uma comemoração somada à mais duas, uma recordação de despedida dolorida, uma saudade inexplicável, uma notícia de lavar a alma.

Posters russos são bacanas. O que não é bacana é quando depois que você aprende a lidar com uma situação, o outro lado da questão, ou melhor, o outro participante da jogada -ou relacionamento, você escolhe- te traz questionamentos mas, no fim das contas, tais questionamentos são os mesmos que você teve há meses atrás, quando ele te disse que partiria e você surtou de leve. Daí, agora, há uma semana de dizer tchau, ele lança tudo. Homens... humpf. Sempre atrasados no processo. Não sei dizer a continuação da frase "Mas fazer o que...?", não dizer o que vem a seguir, não sei prever as coisas, não sei elevar a patamares poéticos incrivelmente inexplicáveis os meus sentimentos, não consigo pensar na "melhor coisa a se fazer"ou no que seria moralmente melhor justificável ou sordidamente mais feliz. Só quero que os dias passem do jeito que for preciso acontecer. Dando tempo pra eu digerir os acontecimentos. E pra nós pensarmos numa mesma sintonia, ou se não for numa mesma sintonia, que cheguemos num mesmo final. E dos felizes, de preferência. Tudo pois certas coisas só traz sofrimento antecipado se não esperarmos o momento certo, ou seja: o momento exatamente ele, com seus segundos perfeitos.

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