March 31, 2008

Going for it


"Você nunca vai conseguir atender a todas as demandas. É preciso priorizar, fazer escolhas, saber dizer não. Tem coisas que você não precisa fazer imediatamente, demandas que você não pode atender agora e outras que você não poderá realizar sozinho." Sônia Simurro, psicóloga


Meu principal alimento espiritual vem da percepção de que estou construindo alguma coisa.






Alguém aí gosta de indie rock?

Coletâneas mil muito, mas muito agradáveis! Ótimo trabalho, Bruno. Isso sim é serviço de utilidade pública.

March 29, 2008

Noção de realização pessoal e serenidade

Sempre penso em muitos caminhos possíveis ao mesmo tempo. Caminhos para a felicidade. Mas é muito cômodo transformar apenas a aflição histérica em infelicidade. Dalai Lama acredita, pela sua formação budista, que existe sim, em meio a complexidade de cada ser humano, a obstinada possobilidade de ser feliz genuinamente.
Não sei se a minha desorganização em tudo faz parte da minha aflição histérica, pautada em preocupações futuras. O fato é que preciso me habituar a fazer UMA escolha ao invés de ficar pensando em tudo que perderia (é não pensar nos ganhos) ao excluir os outros caminhos. Como agora, estou sentada num parapeito de cimento no Centro Cultural São Paulo pensando se seria melhor assistir um sarau astronômico ou rever de graça "Último Tango em Paris", pois óbvio que quando assisti em casa estava pensando em umas trinta coisas ao mesmo tempo e eventualmente mudava de canal, perdendo sutilezas importantes. Também tem um show de MPB. Será?
Aliás, estou aqui no Centro Cultural pois na minha aflição histérica não fui à faculdade. Peguei o livro "A Arte da Felicidade", do Dalai, e despenquei pra cá em busca de uma atmosfera mais calma e abrangente do que a da minha casa. Isso mesmo estando em casa apenas eu e a senhora minha mãe. Mas o barulho de dois cachorros meus e mais os dos vizinhos com buzinas com ambulâncias e com nostalgia me causou a aflição histérica.
Indo ao banheiro aqui, escuto a banda no terraço, lá em cima no jardim, tocando um chorinho incrível e logo aboli o show de MPB. Hoje não quero uma voz afinada no ouvido, hoje preciso me reapaixonar por São Paulo. Ver suas estrelas e ouvir um bom sambinha, poesia, divagando e encontrando o caminho do reencanto.
Depois que voltei de Buenos Aires admito que perdi um pouco do meu tesão por São Paulo. Mas enquanto eles tem piquetes constantes na Plaza de Mayo, nós temos bebedouro com água de graça e programação cultural apaixonante logo ali. Nosso céu não é tão absurdamente azul celeste no verão, e aqui a minha lente de contato me obriga a andar com soro fisiológico na bolsa pra me livrar da poluição. Mas a nossa melodia é impagável. Não há aflição, mesmo a mais histérica delas, que não seja desbancada por propósitos simples.
E amanhã, sábado, tem show do Lenine na concha acústica da FITO, em Osasco, às 17h. :D
(escrevi ontem. tinha que manter a veracidade)

March 06, 2008

Algumas coisas

Ricardo Viveiros lança biografia autorizada do publicitário Rino Ferrari na Casa das Rosas


“O filho da Dona Anna – A vida de Rino Ferrari, um construtor de sonhos”, foge do estilo comum de “biografia reportagem”, tendo sido escrita com linguagem literária, mas sempre respeitando a realidade dos fatos. (mais...)




Tarsila na Pinacoteca do Estado


Com curadoria de Regina Teixeira de Barros e consultoria de Aracy Amaral, a mostra assinala um momento importante na compreensão do legado de Tarsila. Em meio à celebração dos 80 anos do Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade, inspirado na pintura Abaporu, é também concluída a edição de seu catálogo raisonné, e a obra de Tarsila do Amaral abre-se a novas abordagens e reflexões, como a que inspira esta exposição: Tarsila Viajante reúne cerca de 40 pinturas e 110 desenhos que apresentam a influência das viagens que realizou na constituição de seu repertório visual. De 19 de janeiro a 16 de março de 2008




Carta a D.

“Você está para fazer oitenta e dois anos. Encolheu seis centímetros, não pesa mais do que quarenta e cinco quilos e continua bela, graciosa e desejável. Já faz cinqüenta e oito anos que vivemos juntos, e eu amo você mais do que nunca. De novo, carrego no fundo do meu peito um vazio devorador que somente o calor do seu corpo contra o meu é capaz de preencher.” (Veja mais detalhes no site da Cosac Naif)
hoje vou fazer o almoço e gelatina
vou estudar bastante
continuar procurando emprego
avassaladoramente
pensar em como vou fazer agora que você me veio com todas essas coisas que eu esperava há tempos mas que agora não faço a menor idéia do que fazer com elas