May 19, 2010

Aceitação


É apenas uma hipótese. Mas para mim ela simplesmente não consegue aceitar meu posicionamento perante muita coisa. Para ela, nada nunca se abrandou. Nunca houve trégua. Nunca espaireceram-se sentimentos. Jamais elevaram-se padrões de pensamentos. O que é uma pena. Pois enquanto os lados sofrem, ela se degladia consigo mesma. Enquanto eu busco mudar a frequencia e não levar para as impessoalidades que cegam, ela é tomada por uma inércia impressionante. Imobilizada. 
O maior problema é que eu sei que devo dar espaço, enquanto ela tenta se compreender. Até aí, ok. O que não está nada ok é o fato de eu ter plena consciencia de que a cada dia mais que se passar depois dessa crise que já dura um mês inteiro e ininterrupto, mais faltarão argumentos e sentimentos que nos prendam afetivamente. E uma hora os dedos vão escapar. Pois aguardando e sendo paciente eu tenho estado/sido. Mas não posso culpar meu coração de se sentir mal pela incompreensão e por assistir de camarote uma tão querida sendo debatida no ar, pela sua própria limitação.
Limitação em aceitar, superar, dizer que tudo bem quando realmente está tudo bem. A maior diferença é que eu verdadeiramente aceito o erro do outro. Eu "deixo" que o outro erre. Enquanto ela não. Certos erros são considerados como graves falhas e nada é remediável. Parece que é sempre 80, nunca 8. Sou mais branda do que isso. Talvez ela por isso ela possa me enxergar como fraca, quando na verdade é muito mais temperança, observação... Tudo é um processo de aprendizado. Não um navio naufragando.
Frase de ordem ultimamente: Não precisava...
Tem horas que eu queria te sacodir e te tacar na parede! A vida é muito maior do que isso... Amiga, enxergue que nessa vida só se vence pelo amor. Mesmo que seja através da dor. Mas somente, única e exclusivamente pelo amor. Mas eu já te disse isso antes, numa longa carta, pouco tempo atrás. O cimento que sustenta relações é outro. Ah, se você se ouvisse...

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