December 21, 2005

[ Adeus ano velho, feliz ano novo... ]





[[ Disparo contra o sol, sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de magoas
Eu sou um cara
Cansado de corre na direção contraria
Sem pódio de chegada
Ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara
Mas se você achar que eu to derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque que o tempo, o tempo não para...
Dias sim, dias não
Eu vou SOBREVIVENDO sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta.....]]










Não se trata de vingança. A porta apenas estava aberta. Eu entrei, um tanto cautelosa, um tanto apreensiva. Não há como fazer um balanço deste ano. Meus déficits foram arrasadores, meus superávits surpreendentes. Na verdade, eu não sei como eu levantei. Só sei que levantei.
Não quero pensar que foi um ano ruim...ele só foi....Difícil. Eu tive que aprender muito, tive que mudar aquelas coisas que eram eternas. As palavras tinham mudado de tom. Volta de 360 graus . Um mundo novo e diferente, do qual, seu eu pudesse escolher, acho que não teria feito parte.Porque as mudanças foram bruscas,e alguns de nós não são adeptos a isso. Mas eu dou a cara pra bater, sou extrema demais. Até as ultimas conseqüências. E tem sido assim o ano todo. Um “Toma-lá-dá-cá” excepcional. Briga de ringue mesmo. A sobrevivência foi algo complicado, afinal, os golpes vinham de todos os lados. O triste é que eu me tornei uma pessoa um tanto amarga. Troquei meu “Eu –lírico” por um senso critico terrível. Angustia. Depressão. Fobia.
É....é por isso que eu não quero mais fazer analises daquilo que foi vivido. O importante não era viver? Estou vivendo. Não vale a pena pensar se valeu a pena ou não, Se era pra ser feito ou não. Já foi. Agora só é importante pensar no modo como vamos lidar com as conseqüências, sejam elas boas ou ruins. Não me iludo mais, não digo mais “ele não faria isso”, não penso mais que o tempo que você viveu com certas pessoas influenciam na consideração que elas tem por você. Sou daquelas que acredita veemente que a dor lapida as pessoas. Precisei apanhar muito pra dar valor ao que eu sou hoje. Sou trabalhadora, sou baladeira e sou lutadora. Sou Corintiana, maloqueira e sofredora, graças a Deus. Continuo usando meu bilhete único, continuo a mesma pessoa cheia de cores e cheia de prismas diferentes. Continuo e sempre vou continuar amando a Frida Kahlo. Sou histérica, sou eletrostática, sou elétrica. Mudo sim, mas tenho a mesma essência, sempre. Em 2005 ou 2006. Em Marte Ou em Vênus. Em Milão ou em Paris. Aqui, ali ou em qualquer lugar.








1 comment:

Claris said...

Suas cores são infinitas, de cada face do prisma eu a vejo de forma diferente, tanto aqui quanto acolá te valorizo pelo que você é e gosto de você tanto em Marte qto em Vênus...

Beijos, honey...