April 28, 2007

Cabaré da bela

Sem entrar na parte dos sapatos e gaveta de calcinhas (e afins)... Por essas e outras que eu às vezes acho que tenho um pequeno cabaré, não um armário.
Tem muita coisa que brilha nesse lugar...



April 26, 2007

Casa Vazia

Título Original: Bin-jip
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 95 minutos
Ano de Lançamento (Coréia do Sul): 2004
Site Oficial: www.3ironmovie.com
Estúdio: Cineclick Asia / Kim Ki-Duk Films
Distribuição: Sony Pictures Classics / Imovision
Direção: Kim Ki-Duk
Roteiro: Kim Ki-Duk
Produção: Kim Ki-Duk
Música: Slvian
Fotografia: Jang Seong-Back
Desenho de Produção: Art Chungsol
Edição: Kim Ki-Duk

Sagati cinéfila completamente insana! Viciada, viciada em filmes!!! Assisti este na madrugada de segunda-feira passada, por volta das duas da manhã. Achei simplesmente fantástico. Simples, denso, forte, leve, honesto. É a história de um garoto nômade que vive entrando em casas quando os moradores não estão. Mas não é uma invasão convencional. Ele entra na casa, arruma coisas que estiverem quebradas, como relógios de parede, balanças de banheiro, lava roupas do morador que estiverem acumuladas, sai deixando tudo extremamente organizando, às vezes mais arrumado que antes. Claro, ele come, dorme e vive na casa como se fosse realmente dele, mas com um zêlo impecável. Numa dessas invadidas, ele entra na casa de uma modelo fotográfica, mas não percebe que ela está lá dentro. Ela fica observando ele cozinhar, lavar a roupa dela, tomar banho, sem que ele perceba. Depois ele descobre que ela está em casa, percebe sua presença quando ela vai atender ao telefone. Na linha, conversa com com o marido que bate nela, a enoja. O marido é completamente louco por ela. Mas louco no sentido degradante da coisa.
A história segue e depois de sair de casa junto com o garoto nômade, ela passa a ir com ele pra onde quer que ele fosse e eles se apaixonam. Por um incidente numa das invasões, eles são presos, ela volta pra casa com o marido que vai buscá-la na cadeia, ele permanece preso, é agredido pelo marido dela, começa a treinar técnicas para se esconder ou de não ser percebido em ambientes pelas pessoas. Ou melhor, de ser percebido, mas de não de poder ser visto, enxergado, encontrado. Desta forma, depois que sai da cadeia, ele procura a moça linda denovo. Um dos fins de filme mais doces, lindos, sinceros que eu já vi. Nunca vi um filme tão sincero como este. E também nunca tinha gostado de um filme coreano, até assistir este. Detalhe dos olhares, dos toques, das ações sem pretenções... ingênuo. Ingênuo e sincero.

RECOMENDADO. AO EXTREMO.

April 24, 2007

To 'hard' hoje.

Ok, ok. Já tive a boa idéia, daquelas inovadoras, com bons conceitos, boas probabilidades de ser bem aceita, com uma especificação que traz boas novas etc, blablabla. Já passei da fase do 'e agora?' pois já sei o que e como preciso fazer/agir. Um único porém: se eu chamar um aluno de primeiro/segundo semestre ele trabalharia pesquisando de graça, mas ele não sabe fazer boas pesquisas. Se eu chamar um cara se sabe pesquisar bem, não tenho como pagá-lo. Fora que precisa ser alguém que abrace a idéia tanto quanto eu, sabe? Que não me deixe na mão em dois ou três meses, senão antes! É um projeto trabalhoso, detalhado, que exige atenção, perfeição, dedicação e outras qualidades afins. (blablabla)

Se eu for sozinha, vai demorar um pouco mais, mas vai sair muito bom mas corro o risco de deixar de fazer algo ainda melhor por falta de novas idéias e pontos de vista. Se eu chamar alguém que queira pesquisar de graça e que pesquise bem, que aceite trabalha praticamente abraçando a idéia tanto quanto eu, não será mais um trabalho exclusivamente meu e dadas as atuais proporções do projeto (que de concretizado não tem nada), talvez a tal pessoa não aceite a posição de trbalahar "para" mim e eu talvez não aceite que ela trabalhe "comigo". Não, não é egoísmo, meu ego tá bem... é só que quero que as diretrizes sejam as minhas. (blablabla)

To muito hard hoje. Muito hard.

(blablabla)

April 20, 2007

Deeee-Lite!!!

Lembra disso?
Pois é. Ela, a moça do Groove is in the heart, a divindade oitentista por si mesma, discotecará no Clash Club amanhã. Por conta disso temos uma Sagá em êxtase, praticamente. Não se aguentando e cantando Groove is in the Heaaarrrttt!!! na rua com o emepêtrês no ouvido...


Just lovely and delicious!!

To bem querendo, viu? Bem querendo!!

Ela me faz querer ser travesti. Do fundo do meu ser!!! Toda uma montagem... toda uma produção!!! Puro luxo!! Muita divinização!! Só pra fazer uma performance cheia de paetês e um scarpin rosa pink (que eu já tenho...) ou uma plataforma vermelha de vinil e sola de oncinha (que eu tb já tenho).


Acho que eu sou um homem gay num corpo de mulher...

April 14, 2007

Tudo pois às vezes eu não sei abrir mão das coisas. Principalmenete de mim mesma.

Pra mim sempre foi muito difícil abrir mão das coisas. Meu quarto tem um baú, pequeno, cheio de quinquilharias, variadas, mas marcantes. Ou talvez nem tão marcantes assim. Sou daquelas pessoas que não joga fora cartas, pequenos bilhetes, pequenas lembranças, recordações e pequenos agrados. Não sei deixar nada ir embora, antes que seja realmente necessário. Às vezes só deixo depois da hora certa, sabe? Quando o prazo já passou. Mas antes tarde do que mais tarde. Certo?

Com pessoas funciona da mesma maneira. Esta semana tive duas notícias chocantes. Sabia que um tio querido meu estava internado, mas não tinha detalhes. Estou em semana de provas da facul então acabei não ligando pros meus familiares pra saber detalhes. Mas ontem de tarde, quando estava estudando, minha avó ligou dizendo que meu tio está com câncer terminal. O que me veio à cabeça foi "Câncer? Denovo?". Minha família tem um histórico considerável de câncer e isso sempre me doeu demais, pelos casos que já vivi. E chorei. Muito.
Indo pra faculdade minha madrinha me liga, do interior, pra dar a notícia de que um amigo de lá da fazenda morreu num acidente de moto na estrada. Fiquei muito abalada pois apesar dele morar muito longe sempre tivemos uma amizade muito saudável e gostosa, desde quando eu o conheci, quando eu tinha 9 e ele 8 anos. Foram muitas conversas de noite no terrerão da fazenda e sem dúvidas ele era minha melhor companhia/amizade lá. Certas coisas acontecem e não somos capazes de compreender. Tá fora do nosso alcance essa percepção.
Na faculdade não consegui me acalmar o suficiente pra fazer prova de estatística... estava segurando o choro, mas quando abracei um amigo comecei a chorar demais. Fiquei um pouco transtornada, completamente triste. Mas acabei me acalmando e fui fazer a segunda prova, de administração. Fui bem.

Tem coisas que não é fácil pra ninguém. Foi uma semana muito pesada pra mim. Ainda faltam duas provas semana que vem... Depois vou comprar uma garrafa de tequila no mercado mais próximo.

April 01, 2007

Da Fatalidade com vê maiúsculo

-Agora você já sabe que vai ter uma mulher chorando por você no aeroporto...!
-E se eu for de ônibus?
-Na rodoviária...
-E se eu for de carro?
-Eu vou correr atrás do carro...

Depois de subir pro seu apartamento ela finalmente descobriu que aprendeu a se despir de qualquer véu diante dele. Não exitou em tentar persuadí-lo a ficar em São Paulo o maior tempo possível, todo o tempo que puder, não indo nem um dia antes de ser realmente necessário, nem um segundo antes da data certa de julho ou agosto. No fundo ela sabia, tinha convicção de que ele realmente iria voltar pro Sul pra terminar a faculdade. Não, ele ainda não recebera a resposta definitiva e nem o bendito edital havia saído, mas essa certeza enorme dentro dela já afirmava e derrubava qualquer dúvida. Não era apenas sexto sentido e ela não pedira pra ele ficar apenas por egoísmo, mas sim porque sabia que depois que ele fosse nada mais seria tão fácil e increvelmente bom e perfeito quanto agora.


Ela conta nos dedos:
-Abril, maio, junho, julho... apenas 3 meses...
-4, Clá... abril está no comecinho!


O desespero dela e as lágrimas incontidas era porque ela não conseguia achar nenhuma outra segurança interior para depois de agosto... Não se tratava de traição ou de deixar de amar, mas ela já aprendeu uma vez que a distância dói muito. Não sabia se despedir. Não gostava de palavras de despedida. Mas sabia que, como em nenhuma outra despedida vivida até hoje, o abraço duraria mais de 20 minutos e o beijo... praticamente uma eternidade.


Ela confessa:
-Isso pois eu nem achava que íamos durar quando esse namoro começou!
-Pois é...!
E fica implícito em suas palavras falhas: "e agora eu não sei se suporto essa coisa toda de você longe de mim!!! Eu te amo como nunca amei ninguém antes!!"; e não mentia.


Bom seria se fosse tudo ficção, mas não é, infelizmente. Ela não gosta de sofrer por antecipação, mas não há o que a faça pensar que ele não vai crescer muito e que a volta pro sul é tudo que ele precisa por hora. Ela sabe. Mulher tem dessas coisas. Sabe quando precisa se colocar em segundo plano e dizer pro ser amado pra ir buscar sua glória, mesmo que longe. O que duas pessoas de câncer fazem juntas? Ele é sua inspiração e nos momentos em que ela fica sem absolutamente nada na mente, que não produz e que não escreve é essencialmente porque não está bem e pode ser que seja com ele, dentre as possibilidades não mutio abrangentes. Ela percebeu o amor quando viu que na crise dele ela não podia alcançar exatamente onde precisava ser estancado e se sentiu impotente, como quem observa a dor e não pode fazer nada. Mas esse nada era muito limitado e mesmo assim ela foi atrás do que viria (e veio) além.


Discurso da amiga. Há 8 meses atrás, mais ou menos:
-Cláaaa!! Que que eu to fazendo apresentando vocês dois?!! Eu sei que vocês são perfeitos e que tudo pode dar certo! Mas ele vai embora logo, logo!!!
-Eu quero viver tudo que eu puder até lá, Mary...


As palavras ecoavam em sua cabeça claras como no segundo em que foram proferidas. Mas a parte boa é que, agora, ela sabe que que ela quer viver tudo que ela puder, mas não somente 'até lá'! E sim por muito tempo depois. Pra ela, o surto é no momento em que percebe que ama e que necessita. Ela não necessariamente sofre por antecipação, mas prefere se acostumar com a idéia desde já, pra não dificultar as coisas mais tarde. Ela detesta despedidas. Hoje ela se calou e todo mundo sabe que quando ela se cala é porque algo realmente a está tocando. Caso contrário ela esbraveja. O silêncio acaba por borrar seu rímel.