May 18, 2007

Minha própria crise dos mísseis (não em Cuba, por aqui mesmo)

Sem breves notas.

Cadê minha segurança? Simplesmente não sei onde estou pisando, ou melhor, não tenho muito onde pisar. E onde eu achava que fosse um terreno sólido... pfff... foi-se o tempo. Quando minha única pequena terra firme era meu relacionamento, ele diz que está pra ir embora, pro bem, mas está indo. Quando eu grito por ajuda eu acabo mais ouvindo as lamúrias alheias do que falando de mim e recebendo ombro/ouvidos. Não to muito afim de apelar pros shots de bebidas mil, não quero abraçar uma ávore e chorar, não vou fazer insanidades. Mas talvez devesse, pois nessa de tentar me controlar eu só me fecho cada dia mais um pouquinho e daqui a pouco vai ser bem difícil pra mim até conseguir aproveitar a companhia dos meus amigos. Felicidade alheia além da dose anda me irritando.

Será que é tão difícil perceberem que o momento aqui tá exigindo atenção? Será que ele não percebe que temos apenas mais ínfimos 4 fins de semanas juntos antes dele ir embora? Então pra que inventar evento em Minas? São então 3... ou nem isso, ou nada disso. To bem cansada de dizer que há coisas que precisam ser percebidas. To bem cansada de dizer, seja lá o que for. Eu digo demais muitas coisas. Minha pilha tá acabando. Nem sei mais do que preciso. Talvez não precise mais de nada. Será que tem jeito de abrir um pouco mais os olhos?
Vários trabalhos complicados da faculdade, alguns conflitos familiares, relacionamento, amigos distantes, grana, pessoas que eu amo morando longe e eu sem grana pra fazer um bate volta pra passar uma noite em claro conversando.

Sabe quando você começa a passar daquela linha tênue, fina demais, que divide o que você deveria fazer e se importar do que voce está fazendo e se importando? Tá quase que além da conta. Eu estou uma bagunça. Eu preciso de percepção precisa e definida, de pessoas definidas. Tem como ser mais clara? Tenho o dom de começar uma conversa falando sobre mim e terminá-la dando conselhos esclarecedores para aquele que antes estava a me ouvir. Tenho o dom de perceber a sutileza dos gestos alheios e quando não percebem os meus fico chateada. Sei lá... dias muito difíceis pra eu compreender sozinha tudo o que tem acontecido e absorver todos os sentimentos da forma certa. Intnsidade como problema novamente. Quero que você leve à sério meu abraço apertado, pois ele diz tudo de mim. Pra onde quer que eu olhe, não me sinto nem metade segura. Não sou mais Sagá.

3 comments:

Raimundo Neto said...

Moça, tem alguma coisa acontecendo (e não é mérito meu perceber, mas seu ao torna-se tão clara!)

Sei que não é toda ajuda que chegar que você precisa. Talvez de algumas pessoas queridas. E quem elas saibam como fazê-la feliz.

Que bom que o que escrevo serve pra alguma coisa.

Lubi said...

Ai, minha flor, minha amiga, eu te dou meu ombro, meu colo, minhas mãos, meu ouvidos, tudo o que você quiser quando precisar.

Lendo seu post, me senti egoísta derramando sobre você minhas dúvidas sobre profissão. Perdoa. É que, ás vezes, m-s-ênicamente é difícil perceber aflição quando não se grita em caps lock.
Quero olhar nos seus olhos, segurar suas mãos e dizer "Aguenta". Você é forte demais!

Um beijo.
Adoro você.

Aly said...

Acho que ontem tinha tanta coisa que eu queria te falar ontem, coisas que nós queriamos falar, sentar e conversar mesmo, porque tem coisas que estão tão além da nossa percepção, coisas pequenas que nos machucam mutualmente ou pequenos problemas tão fáceis de serem resolvidos, mas que são simplesmente esquecidos ou deixados pra lá. Ontem era pra ser eu, você, a mary e uma conversa franca, sem namorados ou outras coisas, claro que não podemos prever ou mudar o rumo das coisas, mas a vida está mesmo uma bagunça. E não é só a sua não, viu? Mas eu não quero perder esse momento e nem deixar a conversa pra lá. E não, não será um papo sobre minhas, suas ou outras lamúrias, eu quero e espero uma conversa franca e esclarecedora, como só amigos de verdade podem ter. Sei lá, acho que ultimamente as coisas estão sendo entendidas de um modo bem errado. é tão triste.
Agente continua isso aqui outra hora.

Um beijo.