January 23, 2009

When I get your soul, I'll paint your eyes


Descobri que associo inconscientemente amor à dor. Louco isso, né? Porque andei pensando, quando eu sinto alegria, irritação, preguiça, agitação, desgosto, rancor etc, eu consigo claramente identificar. MAS, quando eu gosto de alguém ou quando eu estou sofrendo por isso, eu acabo indo no automático, inicio e acabo as coisas sem perceber. Uma praticidade absurda. Super metódica e ignorando muitos fatores, como o pesar.Tudo isso SEM passar ilesa.
Há quem diga que bloqueamos as coisas ruins, já disse que minha memória seletiva é muito boa. Tem inclusive alguns fatos que eu gostaria muito de conseguir recordar depois de anos pra ver se agora, com a sabedoria que a vida me deu (hum?!rs), eu consigo compreender melhor os fatos. Quem disse que eu consigo??? Quanto mais traumatizante, menos eu lembro. Tenho vagas lembranças. Só. Desconexas.
Por isso talvez que eu tenha a incrível capacidade de reciclar muitos sentimentos, continuar a gostar, voltar a gostar, esquecer traumas às vezes. Mas mágoas ficam. Louco isso, né? Percebo nas sutilezas. Então ponto. Não posso fazer isso comigo. Eu não tenho prestado atenção às coisas que eu sinto. Ignoro taaanta coisa. Pra ver se me saio melhor, sabe? Tem coisas que não dá. E acabou.
Falando em acabar. Tem coisas que quando acabam é porque tinham que acabar. Elas acabam. E assim sendo, eu não tenho que tentar ressucitar. Histórias de 5 anos, com certas pausas, que eu reviro e vou atrás. Pra quê? Lembro de muitos bons momentos, mas também de muita, mas de muita dor e de um amor absoluto do qual às vezes ainda acho que não me desvencilhei. Acho que nunca quis me desvencilhar. Louco isso, né? Como não se ressucita defunto, nem sentimentos, nem felicidades, ponto denovo. Presente, passado e futuro tudojuntoagora. Até parece.
Tem pessoas que não precisam ser amigas. A Aly sabe do que eu to falando. Tem pessoas que não tem que se amar. E outras que se amaram, mas que moveon, né galera. Pelamor... Outras coisas que merecem muita atenção, mas na medida e no momento. Depois praticamente não importa. Ou você faz o certo naquele momento ou depois o trabalho é sem dimensão pra reavaliar a dimensão dos estragos. Ai, e o pior é que me sinto super na obrigação de me redimir em alguns assuntos. Já em outros, nem um pouco. Já menti. Já omiti.
Aliás, como é que sou capaz de dissimular tão bem quando é confortável pra mim. Eu, hein. Lado negro da força. Já menti fenomenalmente algumas vezes. Tão bem que depois sofri vivendo minha mentira, sentindo a dor que inventei, sabe? Louco isso, né? Uma das mentiras foi tão bem contada, que nossa, quase me deu dó. Mas ficou no quase, a dó não chegou não, na verdade. Eu, hein. Sou bem egoísta quando preciso.



Esse findi ñ quero pensar em São Paulo. Nem em prédios. Nem em investimentos e aquisições. Nem em taxas de retorno menores que 1%. Nada disso. Preciso siacabar. Deitar o cabelo na pinga. Beijar na boca. Exorcisar. Dançar. Ahazar na buatchy. Sijogar. Tudo isso por apenas 5 reais! Tem jeito??



Louco isso, né?

Lovely.

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