- Fim do estágio
- Reencontro na virada cultural e conclusões
- Reencontro com ex-magnânimo e fim de um lenga-lenga de 6 anos
- Mudança de rumos: amigos da faculdade
- Viagem Buenos Aires 2
- Doença vovó Zelita: momento de doação 1
- Aprendizado coletivo: amigos de jornada antiga
- Doença vovô Lauro: novos rumos familiares
- Monografia
- Finalizar o ano estando apaixonada de novo
December 30, 2009
Memoráveis
Pontos memoráveis do meu ano
esparsamente falando...
só se fica sozinha quando se quer. só se perde a fé quando se esquece de olhar em volta. só se sofre pelos outros quando se permite. só fica com raiva do ser humano quando se esquece que todos estão em constante evolução espiritual.
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esse ano vou voltar a fazer coral.
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ainda não sei o que mais vou fazer profissionalmente. estou terminando de me ouvir. já decido. mas fato é: os sininhos mentais vão tocando e tenho insights matinais que sempre anoto, pois sei que são avisos e indicações.
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to varada de saudades das minhas amigas! preciso voltar pra casa. o processo em São Vicente acabou. meu papel está cumprido. quero casa. negada, segura que eu to chegando! quero vocês!
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como não consigo ficar longe das minhas mandingas de fim de ano, hoje fui numa casa de velas e comprei meu arsenal. tudo bem, pode falar que se amuleto resolvesse eu mesma poderia ser meu amuleto, mas acredito em energias e é por isso que faço mandiguinhas. adooooro...
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última paixão adquirida: montar trilhas sonoras (parece que o nome disso agora é podcasts... enfim.)
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última paixão adquirida: montar trilhas sonoras (parece que o nome disso agora é podcasts... enfim.)
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curso das coisas
Em São Vicente eu vi um por do sol fantástico anteontem. Voltando do Guarujá, a paisagem dos morros de mata densa; já na balsa ouvi palavras doces ao telefone de alguém que tem sido importante, foi um dia bem chuvoso, bem úmido, a paisagem estava bem como eu gosto: mata atlântica parece ainda mais densa em dias assim. O mar fica indeciso, se revolta só na superfície.
Já no ônibus, da ponta da praia para São Vicente vim ainda mais apaixonada, agradecendo por aquele por do sol, que passou de um laranja lindo para um lilás, depois o roxo e o azul de muitas nuances... até escurecer de vez. Cheguei em casa pronta pra ser atribulada novamente. Daí vi que não importava, pois no caminho Deus já tinha acalentado meu espírito...
December 29, 2009
é tudo por (causa) (d)ele
vovô no rancho. minha razão pra tudo. meu porquê nessa vida.
Antes que melhorassem, as áreas da minha vida realmente deram reviravoltas inimagináveis. Acabei aprendendo realmente como simplificar. "Se amar fosse fácil, não haveria tanta gente amando mal, nem tanta gente mal amada." Hoje eu simplesmente amo. Sem pensar em como ou nos porquês, nos jogos de recompensas anteriores e nas lutas travadas com egos e neuras.
Inicio esta nova fase ainda com uma certa náusea depois do estouro que foram os últimos cinquenta dias, mas com a fé restabelecida, já que novamente me mostraram que o desespero não leva a lugar algum, pois Deus sem-pre sabe o que faz. Tapas na cara depois, cá estou eu de olhos abertos. E feliz também por ter sido capaz de reconquistar minha sensibilidade.
Pus pontos finais importantíssimos nos últimos tempos (um ontem mesmo inclusive), colhi alguns reveses frutos das irresponsabilidades passadas enquanto estava tumultuada, mas estou entrando agora com a cabeça mais do que erguida e a coluna ereta, olhos abertos, vida clara e consciência plena. Entro 2010 apaixonada. Deus, como fazia tempo... Permitindo, não podando.
Meu céu tem muitas possibilidades, mas não me preocupo em relação à elas, já que sei que meus caminhos serão lindos, seja lá qual opção eu escolher. Só preciso ouvir mais um pouquinho minhas paixões antes de escolher. Do mesmo jeito a atmosfera dos últimos tempos tem sido úmida, densa, rica, fortalecida.
Feliz Ano Novo.
December 08, 2009
Lord, that lonely girl
A woman left lonely will soon grow tired of waiting,
She'll do crazy things, yeah, on lonely occasions.
A simple conversation for the new men now and again
Makes a touchy situation when a good face come into your head.
And when she gets lonely, she's thinking 'bout her man,
She knows he's taking her for granted, yeah yeah, Honey, she doesn't understand, no no no no!
Well, the fevers of the night, they burn an unloved woman
Yeah, those red-hot flames try to push old love aside.
A woman left lonely, she's the victim of her man, yes she is.
When he can't keep up his own way, good Lord,
She's got to do the best that she can, yeah!
A woman left lonely, Lord, that lonely girl,
Lord, Lord, Lord!
j. joplin
December 04, 2009
The blue pill opens your eyes
Is there a better way?A new religion prescribed
To those without the faithA hero holding a knife
And blood is not enoughIs it too late to go back?
Is it too late to go?There's no-one here
and people everywhereYou're on your own
Temos uma idéia sobre a vida, uma projeção de como queremos viver, de como vamos construir nosso trajeto. Como, quando e onde. Ficamos presos a perguntas e indagações sobre onde a nossa jornada vai nos levar. Sonhos mesmo. Sou meio piegas. Acho que nesse ponto todo mundo é ou já foi. E é um problema. Porque a vida real tá aí. Fato. Estamos sempre. Os buracos aparecem. As coisas dão errado. As falhas se tornam mais e mais perceptiveis. O baque é inevitável.
E ninguém aqui é super heroí.Não dá pra fazer tudo, não dá pra ser bom em tudo.
"Não dá pra abraçar o mundo". Já ouviu isso?Porque acabamos subvertendo sentimentos, remoendo mágoa, causando desconforto. Em nós e nos outros. É um descompasso. É a frustração iminente.
Acontece.Estou num movimento ciclico de reforma. Porque como eu disse, sei que não é possivel ser bom em tudo. O tempo todo. Não é possivel esperar que as pessoas façam as coisas exatamente como fariamos. São outras pessoas. Não é possivel não se magoar quando você está numa relação de intensidade absurda, tensão e descontrole. Pro bom e pro mal sentido. Não quero ser auto-destrutiva, auto-destrutível, nem amarga. Porque é sim uma questão de fé. De ajustamento. De comunicação com a sua volta, com o seu próximo, com o seu principio. E mesmo pessoas que se amam diferem no modo como tratam seus problemas de aceitação do mundo e dessa realidade.
Quando a gente acha que atropelou uma coisa, que passou por cima, que alguma coisa morreu, é importante ter cuidado. Cuidado conosco. Com o coração. É a pieguisse de novo. Quando você se vê numa situação sem remédio, sem conserto, qual a saída? não há saída?O desespero é algo pesado demais para se carregar o tempo todo.
Tenho fé, sim. Na ação inexorável do tempo. No remédio que nós desconhecessemos, que nós não tentamos. Nas brechas, nas reviravoltas da vida. No amor. No infinito e na plenitude.
Novos caminhos, trajetos. Nós podemos fazer diferente.
Porque assim é a vida real. Cheia de possibilidades.
Tenho fé, sim. Na ação inexorável do tempo. No remédio que nós desconhecessemos, que nós não tentamos. Nas brechas, nas reviravoltas da vida. No amor. No infinito e na plenitude.
Novos caminhos, trajetos. Nós podemos fazer diferente.
Porque assim é a vida real. Cheia de possibilidades.
November 29, 2009
Sobre o fracasso
Fracasso sempre foi uma palavra muito forte para mim, que na verdade eu nunca associei à minha própria vida. Nunca mal ousei pensar sobre seu significado de perto. Nunca mal ousei pensar em qual ponto minha vida deveria chegar para que eu me classificasse como uma fracassada. Mas agora é realmente assim que eu me sinto. Uma fracassada.
Essa percepção veio quando olhei para todos os lados e me senti insatisfeitíssima. Quando em todas as áreas da minha vida a correspondência era de mediana para ruim. Quando vários pedaços do meu chão começaram a ruir e eu não consegui me equilibrar com o resto que sobrara. Quando perdi, perdi, perdi e perdi. Até não ter mais nada.
Fracasso é quando você acredita que é muito forte, encara (todos) os problemas de frente (os seus e os dos outros) e não consegue lidar com (todas) as coisas, trocando as bolas, os pés pelas mãos, deixando a desejar e se frustrando a cada passo. Insatisfação total. Surtos de riso&desespero diários. Choro&velas. Expectativas&Inconformismos.
Então você vê que há poucos meses atrás estava feliz, estava bem, até um ponto bastante aceitável. Mas agora... agora... sinceramente? Eu mal sei identificar o que me faz mal, o que me faz triste, o que me faz agir na inércia, o que me irrita, o que me comove. Enfim. Qual é a sensação de não ter nada? Mas o que eu considerava como sendo tudo? Pois, continuando no meu processo de insatisfação e miséria pessoal, eu ainda consegui aumentar um problema além das suas fronteiras. E perdi algo que na minha cabeça já estava perdido. Mas pelo visto ainda não.
O negócio é quando você se frustra consigo mesma, se desacredita e não acredita em nada de bom do que todas as pessoas pensam de bom de você. E não adianta. Fala o que você quiser. Mas eu simplesmente me odeio e me amo. Me adoro e me enojo de mim mesma. Cansei. De muita coisa. De mim. Da vida. De acordar todas as manhãs. Realmente poucas coisas conseguem me tirar desse estado de não aceitação.
Por muito tempo eu perdia e ganhava, perdia e ganhava, perdia e ganhava. Caía e levantava, por vezes. Mas cansei de lutar. Esse ano simplesmente me nocauteou. E a cada dia eu consigo piorar cada vez mais as coisas.
Pode sim parecer pura reclamação sem fim, puro melodrama, pura cena. Você poderia deixar nos comentários algo como "então pára de reclamar e se mata logo...". Mas eu só estou cansada. Minhas pernas doem. Meu coração dói. Meus pulmões doem. Sinto faltas. São muitas carências e insuficiências. Me deixa descansar um pouco, não tá dando. Só preciso de cuidados. Tentar se resgatar no meio do percurso não dá. O caminho tem que acabar pra você poder parar. Tentar se levantar enquanto cai é muito mais complicado. E pelo visto eu não fui capaz.
Essa percepção veio quando olhei para todos os lados e me senti insatisfeitíssima. Quando em todas as áreas da minha vida a correspondência era de mediana para ruim. Quando vários pedaços do meu chão começaram a ruir e eu não consegui me equilibrar com o resto que sobrara. Quando perdi, perdi, perdi e perdi. Até não ter mais nada.
Fracasso é quando você acredita que é muito forte, encara (todos) os problemas de frente (os seus e os dos outros) e não consegue lidar com (todas) as coisas, trocando as bolas, os pés pelas mãos, deixando a desejar e se frustrando a cada passo. Insatisfação total. Surtos de riso&desespero diários. Choro&velas. Expectativas&Inconformismos.
Então você vê que há poucos meses atrás estava feliz, estava bem, até um ponto bastante aceitável. Mas agora... agora... sinceramente? Eu mal sei identificar o que me faz mal, o que me faz triste, o que me faz agir na inércia, o que me irrita, o que me comove. Enfim. Qual é a sensação de não ter nada? Mas o que eu considerava como sendo tudo? Pois, continuando no meu processo de insatisfação e miséria pessoal, eu ainda consegui aumentar um problema além das suas fronteiras. E perdi algo que na minha cabeça já estava perdido. Mas pelo visto ainda não.
O negócio é quando você se frustra consigo mesma, se desacredita e não acredita em nada de bom do que todas as pessoas pensam de bom de você. E não adianta. Fala o que você quiser. Mas eu simplesmente me odeio e me amo. Me adoro e me enojo de mim mesma. Cansei. De muita coisa. De mim. Da vida. De acordar todas as manhãs. Realmente poucas coisas conseguem me tirar desse estado de não aceitação.
Por muito tempo eu perdia e ganhava, perdia e ganhava, perdia e ganhava. Caía e levantava, por vezes. Mas cansei de lutar. Esse ano simplesmente me nocauteou. E a cada dia eu consigo piorar cada vez mais as coisas.
Pode sim parecer pura reclamação sem fim, puro melodrama, pura cena. Você poderia deixar nos comentários algo como "então pára de reclamar e se mata logo...". Mas eu só estou cansada. Minhas pernas doem. Meu coração dói. Meus pulmões doem. Sinto faltas. São muitas carências e insuficiências. Me deixa descansar um pouco, não tá dando. Só preciso de cuidados. Tentar se resgatar no meio do percurso não dá. O caminho tem que acabar pra você poder parar. Tentar se levantar enquanto cai é muito mais complicado. E pelo visto eu não fui capaz.
November 09, 2009
nada como dias que se seguem com várias noites incríveis no meio
E você já achava que eu tinha ambições? Pense denovo.
Carta aberta ao breve desamor
Oi desamor, como vai?
Se te escrevo hoje, é porque temo pelo futuro, pela minha sanidade, pelo meu sangue.
Se te escrevo hoje é porque eu sou uma pessimista nata e errante.
Não sei onde erro desamor, não sei mesmo. E parece sempre aquele mesmo erro, o de se importar demais. Você é tão querido. Eu gostaria de poder exemplificar pra você o que eu estou sentindo agora, é aquele desespero que você conhece, mas de forma diferente. Sou apocalíptica. Meu peito tá cheio de dor, não sei como me comportar, tento reprimir, mas acho que não vai dar. Afinal, você está sempre aqui, enchendo os espaços com suas camisetas de cores neutras. Escuras. Desamor. Na verdade, percebo que não é só meu peito que está doendo. Tudo doí. Aquela dor irritante de quando alguma coisa está morrendo. Queria me salvar, queria nos salvar. Queria compreender que nada pode dar certo quando começa errado. Mas começamos errados? Eu esperei algum tempo pra ter você; anos. Sempre o mesmo erro, inacreditável. Estou perdida. Estou entregue.
Porque sinto como se você já tivesse ido, e me deixado aqui?
Ou sou eu que me afasto a cada minuto, cortando drámaticamente aquilo que chamamos de vinculo?
Sim, estou perdida.
Saliva. O seu gosto. olhos nos olhos. violência.
Me entrego demais, desamor, eu sei. Me perdoe. Devo agradecer a Deus pela minha intensidade ou devo acender uma vela pedindo pra ser diferente? Eu queria ser diferente, queria que tivesse sido tudo diferente, mas sei que faria tudo igual, de trás pra frente. é aquela coisa da natureza de cada um. Passional. Te dei a mão, estendi meu corpo à você. Não poderia fazer nada que fugisse disso. Completa e irracional liberdade. veja. Sou desfrutável. porque eu não sei me dar aos pingos. Não sei ser pouca, e isso me causa transtornos absurdos e absolutos. Estou em conflito. Tenho o demonio da carne tatuado no corpo. Por isso desamor, se você se for, não bata a porta. não diga palavras fora do tom. não me julgue, meu querido e doce desamor. Tenho olhos para você, estou te vendo panopticamente. dentro de mim.Se te escrevo hoje, é porque temo pelo futuro, pela minha sanidade, pelo meu sangue.
Se te escrevo hoje é porque eu sou uma pessimista nata e errante.
Não sei onde erro desamor, não sei mesmo. E parece sempre aquele mesmo erro, o de se importar demais. Você é tão querido. Eu gostaria de poder exemplificar pra você o que eu estou sentindo agora, é aquele desespero que você conhece, mas de forma diferente. Sou apocalíptica. Meu peito tá cheio de dor, não sei como me comportar, tento reprimir, mas acho que não vai dar. Afinal, você está sempre aqui, enchendo os espaços com suas camisetas de cores neutras. Escuras. Desamor. Na verdade, percebo que não é só meu peito que está doendo. Tudo doí. Aquela dor irritante de quando alguma coisa está morrendo. Queria me salvar, queria nos salvar. Queria compreender que nada pode dar certo quando começa errado. Mas começamos errados? Eu esperei algum tempo pra ter você; anos. Sempre o mesmo erro, inacreditável. Estou perdida. Estou entregue.
Porque sinto como se você já tivesse ido, e me deixado aqui?
Ou sou eu que me afasto a cada minuto, cortando drámaticamente aquilo que chamamos de vinculo?
Sim, estou perdida.
Saliva. O seu gosto. olhos nos olhos. violência.
um abraço apertado e um beijo ardente e afetuoso,
Aline
November 06, 2009
Seguindo o fluxo
O melhor aspecto do tempo nunca parar é a falta dele que dá pra pararmos pra se lamentar sobre os fracassos relativos. Então você pega o melhor do resultado, absorve, acredita e segue firme de cabeça erguida, pensando que não há nada melhor do que continuar no processo de realização contante. Além do mais, Buenos Aires tá chegando!
November 05, 2009
Redirecionamento
Depois de ser atropelada por um bonde e ficar mais esfarelada do que o pó da rabiola depois da ventania, temos que nos recompor. Dou risada quando percebo que por eu ser cabeça dura a vida precisa me ensinar através de grandes acontecimentos, grandes tombos. Já que uma simples plaquinha de "siga por aqui" geralmente não é visível aos meus olhos. Então dessa vez ela me levou por um caminho no qual pude por em prática tudo de melhor que tenho a oferecer, mas não recebi o prêmio final. Fiquei ahazada? Lógico! Minha expectativa era tão grande. Ai, ego, viu. Depois de chorar horrores, dormir quatro horas e acordar toda inchada e com o rímel borrado, fui refletir sobre. E no fim a gestora estava certa, eu não sirvo para trabalhar enclausurada em um ambiente corporativo. Quando abro meus braços o alcance deles é tão maior. Vi depois uma forma de redirecionamento. Mas logo mais, por enquanto preciso me preocupar em esquecer a idéia fixa de fazer bonequinhos de vodu com sabonetes da Natura que ganhei na penúltima fase do processo de Trainee do qual fui eliminada. Como foi me dito, a análise das minhas capacidades não era compatível com o que eles procuravam. Ok. E oq eu faço com meu projeto supra-sumo que formulei e todas as minhas idéias incríveis desenvolvidas ao longo desse processo? Ponho em prática, oras...
Resumindo, agora de forma mais positiva: abracei um processo que me mostrou muito mais de mim do que eu poseria ter percebido em circunstâncias normais, ganhei sabonetes Natura (¬¬'), vi outra possibilidade de direcionamento de carreira e aprendi que se eu fosse menos cabeça dura teria economizado na prática do desespero e exercício da frustração!
October 29, 2009
Inversão ou lembrando o porquê das coisas
Antes de continuar trabalhando nos capítulos a gente pára, observa e faz uma pausa no andamento lógico das coisas e escreve os agradecimentos da monografia. Isso dá um gás que vocês nem imaginam.
October 27, 2009
Numa boa, pegando leve... sabe como é.
Tenho enorme vontade de tomar providências sobre as coisas lá no bar. Mas dá até certo azedume quando penso em não conseguir concluir meus projetos de 2009. Então, pra evitar a fadiga e a falta de asas no meu amanhã, deixa logo eu sair desse sofá, deixar de pensar em memórias conjugais e abandonar esse bode descomunal. Agora a preocupação é em me formar. Ano que vem eu quero um grande, mais malandro, bonito, mais sagaz, mais sabichão, esclarecido dos amores. Ok universo, deuses e afins? Gracias!
Tchau, fui, adiós!
Tchau, fui, adiós!
October 23, 2009
Empreendedorismo e últimos acontecimentos
O empreendedorismo social é uma prática largamente conhecida e tida como essencial para suprir a falta de alcance governamental em relação à inúmeras demandas sociais existentes pelo país. Existem milhares de projetos, de diversas caracterizações, atuando em diferentes segmentos, tais como educação, cultura, economia, necessidades básicas da população (saneamento, por ex), treinamento profissional, juntamente com todas as atividades de inserção social dos excluídos e marginalizados. Entre outros. Essas ações de empreendedorismo são implementadas geralmente por instituições do terceiro setor, mobilização social, ações de diversas caracterizações, coletivos, projetos em parceria sociedade/iniciativa privada etc.
Porém, o empreendedorismo social só existe por conta dos empreendedores: pessoas que olharam ao seu redor, ficaram insatisfeitos, tomaram sua paixão e vontade como carro-chefe e realizaram uma mudança de status-quo, implementando projetos inovadores e significantes com a colaboração de sua comunidade e buscando suporte, muitas vezes ínfimo, para engendrar formas melhores de fazer as coisas. O empreendedor é quem traz o que mais importa nesses casos, que é exatamente o incorfomismo e a atitude.
Quem geralmente observa esses projetos sociais de empreendedorismo, pode achar que é uma ação simples. E sim, geralmente ela é simples mesmo, treinamento profissionalizante, economia doméstica, práticas de consumo responsáveis, inserção de jovens carentes no ensino superior, construção de comércio sustentável etc. Mas, o que não se enxerga de prontidão é que o empreendedor assumiu sua missão social, com pioneirismo, orientados por um propósito, partindo do quase nada para o quase tudo! Reinventam processos, lutam, exploram alternativas, aprendem e meelhoram! Pisam em territórios nos quais a maioria de nós não passaria nem na calçada. Enfrentam grupos cara a cara em busca de negociações. Esses grupos podem ser governamentais, de outras comunidades, de projetos semelhantes, da iniciativa privada e também de traficantes, polícias, pessoas engendradas em processos complexos e com altíssimos interesses em jogo. Ou você pensa que não existe a possibilidade das coisas estarem ruins pois é conveniente?
Então, um homem um dia vê a Chacina da Candelária. Aquilo foi forte, denso, triste, perigoso, inaceitável. Eram jovens. Não pode. E este homem começa a pensar em formas de mudar aquela realidade social, de garotos envolvidos com violência urbana, cartéis, drogas, polícia e mais uma série de coisas que não, não são para jovens. Ele formula um projeto que mudasse a realidade desses jovens, os afastando desses problemas através da cultura&educação. Com muita luta ele consegue. Cria o AfroReggae, um dos maiores e mais eficientes projetos do país.
Consegue formar uma equipe comprometida para gerar atuação e mobilização social da favela do Vigário Geral, consegue crescer e expandir atividades, cria inúmeras ferramentas de mudança social, engloba mais e mais profissionais engajados na causa e acaba perdendo um destes, morto no último domingo, exatamente por um dos maiores problemas combatidos pelo AfroReggae: a violência urbana entre jovens.
Agora, eu só espero que a sociedade civil não deixe este caso cair no esquecimento ou se perder no corporativismo da polícia e seus processos desatualizados, problemáticos e ineficazes. Estou escrevendo sobre isso hoje exatamentee por ter ficado um pouco abalada por isso. Não por ter sido com um integrante do AfroReggae, até porque não existe nem uma conta de quantos empreendedore morrem em situações semelhantes. O problema também não é essa relação causa de luta/problemas/empreendedor, mas sim, o que pegou pra mim foi: que pena uma pessoa dessas. E sabe porque? Você pode dizer que é exagero e sentimentalismo, mas não é. Pensar em milhares de projetos é FÁCIL. Você mesmo pode pensar em ações sociais que gerem diferenças na vida das pessoas. Não pode?
Mas você faz? Quantas pessoas você conhece que se engaja em causas sociais? Poucas ou nenhuma? Tudo bem, é normal. Até porque numa sociedade devem haver pessoas que atuem em todas as áreas. Eu tenho um viés que se aproxima muito do empreendedorismo social e por isso fiquei chateada com essa história toda. Não quero fazer o Evandro de mártir. Não mesmo! Até porque ele não morreu por sua causa diretamente, mas foi morto por um dos problemas que combatia diariamente, com ferramentas alternativas dentro dos projetos que coordenava no AfroReggae. Agora, ouvir do porta-voz da polícia que foi pode ter sido apenas um "desvio de conduta" por parte dos policiais envolvidos... Por favor!
Ficam aí meus pensamentos sobre esse caso.
October 22, 2009
coffee[endless]break
ontem na aula de Integração Regional: percebi que inverti a ordem de dois teóricos no meu primeiro capítulo. E daí? Refaço. Pega nada. Tá sobrando tempo mesmo. Reordeno o texto e a sequencia lógica do capítulo. ¬¬'
hoje: decidi pegar as férias da academia. São só 15 dias, mas são 15 dias. Necessários pra sanidade e menor cobrança pessoal da que vos escreve. Tempo virou commodity. Altíssima demanda. Como nunca antes.
October 19, 2009
Jour de Chance
Dúbia. Medo de estar apostando muito alto. Confiança no que tenho feito. Medo de quebrar a cara a qualquer momento. Sorriso largo só de pensar em ganhar em uma dessas apostas.
Escolhas. Pararei academia por 20 dias: reta final da monografia. Dor nas costas. Tenho sido bem pouco diva ultimamente. Ossos do ofício.
Acorda Alice: Buenos Aires não vai rolar no feriado de 20 de novembro. A monografia é pro dia 25. Entrega final. Shiiiiiiit.
Sei exatamente os tipos de perturbações das quais não preciso. Mas de algumas só me livro ano que vem. Velha história: tem pessoas que simplesmente não nasceram para viver sob o mesmo teto. Alguns animais também entram nessa, no meu caso.
Foco.Fé.Café.Paciência: Vaaaaaai rolaaaaar, galera! Vai rolar!
October 16, 2009
Playando - algumas notas e considerações
eu tenha essa coisa um pouco estranha mesmo. as coisas fluem de outro modo aqui, e eu sou um poço de sentimentos que esperam pra se mostrar. sabe que eu sou simples? Bem simples eu diria. mas percebi que na modernidade as pessoas desprezam isso. a complexidade ganhou um aspecto futurista inacreditável. daí fico aqui, remoendo, guardando, picando as coisas para que um dia eu possa juntar tudo o que eu sinto num grande caldeirão e fazer tudo explodir.
percorro caminhos já percorridos, mas nunca chego no mesmo lugar porque não me permito
música para dias chuvosos são lindas e tristes. Estou ouvindo Radiohead, porque eu sou assim mesmo.
não adianta mudar as coisas, é assim que o universo gosta de jogar comigo
quando você entende alguns toques, a vida segue num ritimo menos doloroso
não quero tornar-me insuportável e irrelevante aqui, afinal gosto do timbre da minha voz quando falo sobre isso.
locais inabitáveis tornam-se espaços cheios de correria, luz e sereno.
quando você se aproxima, parece o apocalipse chegando.
o ódio transforma-se diariamente.
preciso de foco. nos estudos e na vida. volta ae foco, na moral.
as coisas que eu planejo geralmente sofrem mutações bizarras ao longo do caminho.
gostaria de saber se você sabe nadar. curiosidade só
pensar o tcc é extremamente necessario.
agora eu percebi que conheço tudo isso há tempo demais para ser medir as coisas dessa forma
Hoje eu não tô afim de pontos de exclamação. Tenho cansaço
listas são listas, eu e você sabemos que você não vai cumprir 1% do que promete toda vez.
cortes enormes. bonitos até.
chega aquela fase que você poderia dizer um monte de coisas, mas pra que mesmo né? o que me falta é paciência.
October 04, 2009
Monografia
Mitrany, em suas próprias palavras (tradução livre)
"Se eu pudesse visualizar um mapa do mundo mostrando as atividades econômicas e sociais, ele se pareceria com uma intricada teia de interesses e relações passando e repassando as divisões políticas – não um mapa bélico de Estados e fronteiras, mas um mapa pulsando com as realidades da vida diária. Elas são a base natural para as organizações internacionais: e a tarefa é trazer este mapa, que é uma realidade em funcionamento, para o governo conjunto internacional, ao menos em suas linhas essenciais. Com o tempo as linhas políticas serão então sobrepostas e apagadas por essa teia de relações e administrações conjuntas." (1948, pp. 358-359)
"Se eu pudesse visualizar um mapa do mundo mostrando as atividades econômicas e sociais, ele se pareceria com uma intricada teia de interesses e relações passando e repassando as divisões políticas – não um mapa bélico de Estados e fronteiras, mas um mapa pulsando com as realidades da vida diária. Elas são a base natural para as organizações internacionais: e a tarefa é trazer este mapa, que é uma realidade em funcionamento, para o governo conjunto internacional, ao menos em suas linhas essenciais. Com o tempo as linhas políticas serão então sobrepostas e apagadas por essa teia de relações e administrações conjuntas." (1948, pp. 358-359)
neomefuncionando-me
September 29, 2009
É a minha condição II
Sunshine, meu cão.
A cada dia que passa eu me sinto melhor prepara pra mim mesma. O único problema é que ainda estou com uma dificuldade gigantesca de deixar o passado no lugar dele. E esse passado tem nome. Endereço. Sobrenome. E ele disse pra mim que nossa filha pode chamar Valentina se eu quiser. Mas, ao mesmo tempo, é um nível de problema que eu não quero pra mim.
Acredito que as coisas só acontecem quando devem acontecer e tudo tem sua razão de ser. Acredito piamente nisso e poderia chorar copiosamente pensando na possibilidade de que por maior que seja a agonia em alguns momentos, por pior que seja a sensação de qualquer coisa escoando pelos dedos, tudo tem seu propósito e uma lição de aprendizado no final. Paradoxo, hã? Nem tanto. É só a incapacidade de aceitar as coisas como são. Mas não, eu não choro mais copiosamente. Faz tempo. Às vezes até gostaria! Mas não consigo mais.
Cheguei a conclusão de que por todo sentido que já fez, não é pra ser agora. Alguém ainda precisa aprender algo enquanto é tempo. E o tempo é esse: o dessa vida. Vai ver sou eu mesma. Vai ver é ele. Vai ver ele precisa aprender a chegar nesse nível de temperança, possivelmente através do nível de sofrimento que tem passado durante toda sua vida. A solidão que lhe é iminente e presente é plantada por ele mesmo. Ele é muito difícil. E eu já tentei simplificar. Demais. Porém, contudo, todavia, simplesmentee é algo que não é pra ser agora.
Talvez ele seja a prova final pro capítulo desapego&aceitação da minha cartilha. Talvez eu seja o karma da vida dele. Isso me faz rir. Talvez nossa história não venha só dessa vida. Na verdade, na mais pura verdade, essa é a minha única certeza dado nosso grau de cumplicidade. Um se admite muito claramente pro outro e talvez um dia eu entenda a razão. Mas hoje em dia não tá rolando e eu to abandonando esse assunto por hora. Ou ao menos tentando. Novamente. Condiçãozinha salafrária essa, viu.
Que venham mais paixões avassaladoras. Como uma história escrita com estilo. Seja lá qual este for. Só não pode ser insalubre.
É a minha condição I
O que eu aprendi desde o começo do Processo de Seleção do Programa Próximos Líderes da Natura, tenho me deparado com questões controversas e reconhecendo a mim mesma em alguns aspectos que visualizo mudanças as quais esperava há tempos. Minha temperança, escolhas, paciência, foco, capacidade de mediação aumentaram/melhoraram. Definitivamentee percebi um perfil que há tempos eu estava buscando desenvolver: de quem não foge de conflitos, mas que, definitivamente, busca o alcance de acordos. Prefiro o jogo de soma positiva, sendo que já fui muito de comprar brigas, mesmo quando sofria horrores com o resultado emocional disso.
Com certeza meus últimos episódios de vida colaboraram com isso, essa coisa de todos ao meu redor, por muito tempo estarem com sérios problemas, ou fazendo com que assim o fossem e (eu) me jogando no meio da faroda, me estressando, correndo feito louca pra resolver a vida alheia... ai. Não foi uma decisão do dia pra noite, não foi um "ok! não quero mais! saí daqui!", mas foi uma sucessão de escolhas mais leves e amenas. Amenidade. Essa é a palavra chave para o bem-estar. Ou algo bem próximo disso.
Poderia ter surtado se fossem outros tempos. Mas eu e a minha fé na vida escolhemos a temperança ao invés da tempestade acolhida. O bem-estar ao invés do inferno astral. O reconhecimento de conquistas ao invés da reclamação constante. Parece até que tenho uma voz narrando minha caminhada. Uma voz feminina que sabe de mim muito mais ainda do que eu ou qualquer outra pessoa. Tudo enquanto eu lembro das palavras da psicóloga sobre o apego emocional. Ou sobre a gratidão que não se esconde. Enfim, muitos assuntos intrísecos.
O problema são os outros. Isso tem cabido bem nos últimos tempos. Sem perceber aprendi a não sofrer a dor do outro como se fosse minha, a não tomar o desespero alheio como meu. Se continuar assim, daqui a pouco tempo vou ter a coragem pra muito mais, como por exemplo estudar gastronomia sem ficar pensando no tempo gasto que eu poderia estar estudando qualquer outra coisa. Sei lá. Isso merece um outro post.
September 20, 2009
[that's an order II] esteja lá/dê aquele sorriso que só eu entendo/me conte tudo/esteja perto/me mande mensagens/códigos/chaves/me beije com ardor quando eu chegar/diga que não pode mais viver sem mim/ veja o filme comigo/diga que eu alegrei seus dias cinzas/ use preto/ me compre um livro/me oriente/ me apresente/ me desequilibre/ me dê um apelidinho idiota/ sussure/ tome um drink comigo/ me dê uma carona/ entre no meu sonho/ durma comigo, abraçado/ligue pras minhas manhas/seja cavalheiro/viaje comigo/seja surpreendivel/me diga palavras novas/não duvide de mim/não tanto/me peça pra cozinhar/compre um vinho branco/ apareça de repente/ se mantenha/ entenda meus limites/me toque/ tenha algo no olhar/tire uma foto/me dê um doce/me acalente/diga o que precisa dizer/almoce comigo/afague meus cabelos/me conte piadas/me abrace na rua/não chore a toa/ me corte/ discuta comigo/tome chuva/ seja cético/escute a minha música/ofereça pra mim/dance comigo/dance pra mim/acredite/me leve pra ver o por do sol/ seja inedito/seja clássico/pegue a minha mão/[that's an order II]
September 10, 2009
Desapego&Aceitação
Dois amigos terminaram um relacionamento. Na verdade é um amigo e seu companheiro, que por convivência virou aquele tipo de amigo do qual podemos abrir mão facilmente. Um não-quase-amigo. E esse me ligou pra chorar ao telefone sobre o término, falando sobre as dores do fim. Enquanto ele falava eu apenas pensava comigo: isso passa. E passa mesmo. Já tive muitos fins, alguns bem mais complicados por culpa minha mesmo, pela incrível capacidade que tenho de prolongar e aumentar sofrimentos. Mas um dia passou.
Depois desses fins todos, finalmente aprendi a sofrer só o necessário, só naquele momento. Por que piior que sofrer é sofrer demais. Depois que passa, depois de tempos, vem os momentos de reciclagem emocional. Algumas fáceis e simples, outras nem tanto. Às vezes na reciclagem aproveito pra soltar os cachorros, mas geralmente é especialmente pra lançar mágoas e nunca mais pega-las de volta. Daí vem o mais natural pra mim e o que poucos conseguem compreender em mim depois: depois que as mágoas passaram eu não gero mais ressentimentos e consigo reatar relacionamentos, não amorosos, interpessoais mesmo. Passo a borracha, até por que sempre acredito na renovação das pessoas, não na mudança. Essa coisa de mudar é muito difícil, ela não existe assim. Mas a mudança de perspectivas é o que altera todo o fluxo das coisas.
Eles tiveram um relacionamento complexo e duradouro pros padrões que conhecem. Os dois sempre muito unidos, mas agora não fazia mais sentido, especialmente depois dos abusos cometidos. Mas quando passar, coisas boas ficam. Pensando nisso, ontem consegui jogar fora cartas que não faziam mais sentido pra mim. Que não deveriam mais me lembrar de nada, nem resgatar minha memória seletiva. Leveza e paciência. Sempre precisei ter. E dá-lhe fé na vida e no andamento das coisas...
Não-hegemônico / ella baila sola ... umpardedois
- Jamais vou te atrasar.
- Eu sei.
- Você precisa deixar de ser...
- Medrosa...
- Mais ou menos. Acho que não era o que eu queria falar – pausa. Pra onde você for eu vou contigo. Até se for outro país.
- Bom mesmo.
- Vamos rever essa conversa quando estivermos sóbrios?
- Acho melhor...
- Se alguém algum dia encostar um só dedo em você...
- Eu sei.
Etapas. Quantas etapas de vida são necessárias para que uma situação se encaixe? Quantas tentativas uma pessoa pode ter pra tentar explicar o que só se pode sentir? Como se pode ter certeza? Ter o que? Certeza?! Não... Isso nem com muita estratégia. Diga lá apenas sentindo. O negócio é o seguinte: alguém aí alguma vez parou e percebeu que depois de quase 6 etapas algo simplesmente fez sentido?
Sem promessas. Sem lamúrias. Sem verdades absolutas ou divagações sobre o futuro ou passado. Mudanças de perspectivas de ambos os lados teve sim. Água debaixo da ponte teve muita. Intimidade e complacência, mais ainda. Depois de muitos anos. Não é nem intimidade, a palavra certa seria... cumplicidade. É o barato do sentido de novo. Ninguém tentou se convencer de nada, ninguém tentou convencer o outro de nada. Ninguém usou máscaras. Seria ridículo, afinal um conhece ao outro tão na essência que chegou a ser patética fazermos perguntas das quais já sabíamos as respostas. E ao mesmo tempo sabíamos exatamente o que o outro buscava ouvir. E falávamos, com toda a naturalidade que só o que é genuíno poderia ter.
Agora me diz, como? Como? Descobri que tem um lugar no qual cada etapa que se passa mais eu me sinto a vontade. Como? São quase 6 anos. Mas depois que você larga as armas, consegue enxergar uma verdade que antes não se via. Ou melhor, que não se contemplava em toda sua essência. O foda é quando você faz uma lista mental de todas as coisas que você gostaria de ouvir de alguém, mas ouve tudo da pessoa menos improvável possível. E o pior: faz sentido e se você contestar estará mentindo, porque no fundo você sabe que esse sentido e conforto e naturalidade e cumplicidade são verossímeis. Daí o que se faz? Compra-se a briga? Começa a preparar terreno? Dá risada? Porque depois desse encontro tão lúcido e simples, a única coisa que não dá pra fazer é ignorar. Na verdade eu não quero ignorar.
O mais foda ainda é quando você observa e percebe (é arrebatada pela constatação de) que o momento mudou para ambos. E daí o susto com a naturalidade de como as coisas soam é demais e difícil de assimilar. Pois nunca foi assim. Não me pergunte o que tanto mudou. Só vejo agora duas pessoas... que nem sei no que hoje diferem do passado. Sempre existiram peças que não se encaixavam naquele fantástico e atormentador quebra-cabeça. Mas hoje ele não é mais um quebra-cabeça... é um romance de não-ficção, muito bem amarrado, como um Anna Kariênina. Não sei explicar o que só posso sentir agora. Só peço que confiem em mim. Pois não sei por que, mas vale uma chance e eu quero essa chance. Não pergunte por que e não me julgue, apenas tenha confiança, assim como eu confiei no tempo e nos atos que eu nem sabia que ele havia tido. Foram anos dele me observando de longe.
- Você sabe que não é mais uma disputa de egos, você percebeu?
- E você sabe que eu nunca duvidei de que...
- Eu sei.
- Ta... É que essa coisa de trajetória...
- Você realmentee comprou uma jaguatirica?
- Eu sei.
- Você precisa deixar de ser...
- Medrosa...
- Mais ou menos. Acho que não era o que eu queria falar – pausa. Pra onde você for eu vou contigo. Até se for outro país.
- Bom mesmo.
- Vamos rever essa conversa quando estivermos sóbrios?
- Acho melhor...
- Se alguém algum dia encostar um só dedo em você...
- Eu sei.
Etapas. Quantas etapas de vida são necessárias para que uma situação se encaixe? Quantas tentativas uma pessoa pode ter pra tentar explicar o que só se pode sentir? Como se pode ter certeza? Ter o que? Certeza?! Não... Isso nem com muita estratégia. Diga lá apenas sentindo. O negócio é o seguinte: alguém aí alguma vez parou e percebeu que depois de quase 6 etapas algo simplesmente fez sentido?
Sem promessas. Sem lamúrias. Sem verdades absolutas ou divagações sobre o futuro ou passado. Mudanças de perspectivas de ambos os lados teve sim. Água debaixo da ponte teve muita. Intimidade e complacência, mais ainda. Depois de muitos anos. Não é nem intimidade, a palavra certa seria... cumplicidade. É o barato do sentido de novo. Ninguém tentou se convencer de nada, ninguém tentou convencer o outro de nada. Ninguém usou máscaras. Seria ridículo, afinal um conhece ao outro tão na essência que chegou a ser patética fazermos perguntas das quais já sabíamos as respostas. E ao mesmo tempo sabíamos exatamente o que o outro buscava ouvir. E falávamos, com toda a naturalidade que só o que é genuíno poderia ter.
Agora me diz, como? Como? Descobri que tem um lugar no qual cada etapa que se passa mais eu me sinto a vontade. Como? São quase 6 anos. Mas depois que você larga as armas, consegue enxergar uma verdade que antes não se via. Ou melhor, que não se contemplava em toda sua essência. O foda é quando você faz uma lista mental de todas as coisas que você gostaria de ouvir de alguém, mas ouve tudo da pessoa menos improvável possível. E o pior: faz sentido e se você contestar estará mentindo, porque no fundo você sabe que esse sentido e conforto e naturalidade e cumplicidade são verossímeis. Daí o que se faz? Compra-se a briga? Começa a preparar terreno? Dá risada? Porque depois desse encontro tão lúcido e simples, a única coisa que não dá pra fazer é ignorar. Na verdade eu não quero ignorar.
O mais foda ainda é quando você observa e percebe (é arrebatada pela constatação de) que o momento mudou para ambos. E daí o susto com a naturalidade de como as coisas soam é demais e difícil de assimilar. Pois nunca foi assim. Não me pergunte o que tanto mudou. Só vejo agora duas pessoas... que nem sei no que hoje diferem do passado. Sempre existiram peças que não se encaixavam naquele fantástico e atormentador quebra-cabeça. Mas hoje ele não é mais um quebra-cabeça... é um romance de não-ficção, muito bem amarrado, como um Anna Kariênina. Não sei explicar o que só posso sentir agora. Só peço que confiem em mim. Pois não sei por que, mas vale uma chance e eu quero essa chance. Não pergunte por que e não me julgue, apenas tenha confiança, assim como eu confiei no tempo e nos atos que eu nem sabia que ele havia tido. Foram anos dele me observando de longe.
- Você sabe que não é mais uma disputa de egos, você percebeu?
- E você sabe que eu nunca duvidei de que...
- Eu sei.
- Ta... É que essa coisa de trajetória...
- Você realmentee comprou uma jaguatirica?
- Nós não estamos sóbrios...
- Mas isso é um sim?
August 28, 2009
.keep.me.in.mind..o.desesperamor.
[that's an order] Passe mal antes de dormir/Fique vermelho quando pensar em mim/Ria quando lembrar da minha risada cor de rosa/Suspire quando sentir denovo meu perfume/Me chame pra dançar/Fica comigo até o fim da noite/Me paga uma cerveja/Vamos falar de coisas nonsense/Me abraça./Você me lembra laranja, a cor/Mas às vezes também vermelho/Então, dessa vez, não seja cafajeste/Se recuse a me amar se não for por muitas vidas/Dedique o que quiser/Mas seja real/Pegue o ônibus certo/Esteja na minha rua/Vá, me deixe em casa/Me chame do que quiser, desde que me arranque um sorriso de canto de boca/Ou uma gargalhada/Pra que tanta integridade?/Cause/Não importa/Me cause problemas/Queira estar/Queira só/Machucando meu rosto com essa barba por fazer/Você e seu cheiro de coisa boa/Olhe pros dois lados/Diga pros outros até que cansem/Case comigo/Quase absoluto/Constrangimentos/Nuvens/Te confessa/Te confesso.../Me dá um presente/Me escreva uma carta/Me deixe flores/Limão!/Suor/Penas/Danças/Olhos/Pernas/Ouça aquela música/Só diga o meu nome/Muitas vezes/Não vá se perder por aí/Acorde pensando na hora na qual nos veremos/Cale-te, boca!/Seja o responsável pela minha ostentação visual/Cara, me tira o fôlego/Me segura/Me beija/Pede pra eu ficar mais perto/Praxe/Apareça/Faça parte/Goste deles/Saia/E me faça o favor de voltar/Fica mais/[/that's an order]
August 17, 2009
Deus e razões para ser bom/mau e viver até a última gota.
Este link é para a primeira parte da entrevista com Richard Dawkins, um biólogo evolucionista com obras realmente intrigantes e que eu, com toda a minha fé que não é segredo pra ninguém, assino em baixo de muitos de seus argumentos contidos nesta entrevista. Fiquei muito curiosa pra ler sua obra, especialmente "Desvendando o Arco-Íris" e "Deus, um Delírio". Para quem quiser, a segunda parte da entrevista será apresentada hoje a noite, no programa Milênio, pelo canal GloboNews da TV a cabo. Quem não tiver esse tipod e serviço ou não puder assistir, no site depois também terá o vídeo.
...
Como ele mesmo diz, o propósito da vida é cada um que faz o seu. E mesmo cheia de fé como sou (vide meu último post), não posso jamais deixar de viver como se essa fosse minha única vida, mesmo sendo espírita e mesmo acreditando piamente em reencarnação, assim como acredito no ar que respiro, naturalmente desse jeito.
Me peguei pensando outro dia que se fosse possível ser muitas coisas ao mesmo tempo, trilhar múltiplos caminhos e aderir furtivamente a vários gostos e gêneros diferentes ao mesmo tempo eu o faria. Sempre fui muito plural e já me critiquei muito por ser multi/pluri como sou, de ser capaz de amar rock/samba/clássicos/gay-music e mpb da mesma forma, de querer ser internacionalista e editora e jornalista e médica e engenheira ambiental e filósofa, de querer viajar pra mil lugares e ganhar rios de dinheiro, ao mesmo tempo que me encanto tão genuinamente pelo simples&necessário, de me iludibriar com o brilho de um brilhante enooorme numa aliança de noivado, ao mesmo tempo que aprecio a beleza nua e crua, natural e poética, de pele e aromas.
Demorei pra me aceitar plural, pois sempre sofria buscando a linearidade e a lógica de mim. Mas a minha linearidade e lógica estão justamente na falta delas! E ser multi/pluri não me impede de ser soberana, como sempre fui.
De quantas vidas eu precisaria pra ser capaz de ser tudo o que eu desejo ser? Para ser todas essas Clarissas e de exercer todas essas funções no mundo, que é o que eu faria se a clonagem humana e o pensamento coletivo entre meus clones fossem possíveis! Então é por isso que eu não perco tempo e devoro essa vida e toda sua composição. Pois quanto mais tempo eu passar no superficial, menos me sentirei realmente envolta pelo turbilhão de cores que eu amo. Devoro cultura, vivências, pessoas. Esforço forte pra absorver tudo e assimilar informações recebidas, sempre aceitando-as na medida em que chegam, procurando nunca negligenciar e se possível jamais as recusar ou anular nenhuma delas.
August 12, 2009
Engraçado a força que as coisas parecem ter quando precisam acontecer
eu mudei.
mudei de casa.
mudei depois de 23 anos, 8 dias e algumas horas.
e não há nenhuma maneira sutil de dizer isso.
Isso me trouxe uma alegria imensa, medo, duvidas, incertezas...e uma nova postura de vida.
tudo é novo, até o que já fazia parte de mim há uma eternidade.
Isso me fez rever relações. familia. amigos. amores.tudo.
Isso me deu um sabor na boca, todo diferente, agridoce.
Isso me deu mais fé, mas vontade. vontade de me organizar, de cuidar, de ter serenidade.
ser serena.
mudei de casa.
mudei depois de 23 anos, 8 dias e algumas horas.
e não há nenhuma maneira sutil de dizer isso.
Isso me trouxe uma alegria imensa, medo, duvidas, incertezas...e uma nova postura de vida.
tudo é novo, até o que já fazia parte de mim há uma eternidade.
Isso me fez rever relações. familia. amigos. amores.tudo.
Isso me deu um sabor na boca, todo diferente, agridoce.
Isso me deu mais fé, mas vontade. vontade de me organizar, de cuidar, de ter serenidade.
ser serena.
a musica não pode parar de tocar. atravesso a rua, meu passado tá. e ele é tão seguro. é tão bonito. minha vó tá lá. mas como ela está comigo sempre, não tem problema.
é tudo nosso. da chave que abre o portão à minha cortina de box branca. e eu tô simplesmente encantada com isso.
All those good things
Minha vida tá super fora do eixo. To sem trabalhar ainda por causa da cirurgia, me sinto carente volta e meia (e como volta), mega acima do peso, mas indo pra academia, ainda não fiz minha rematrícula da faculdade por falta de dinheiro entre outras coisas... Enfim, aspectos vários. Mas, apesar disso tudo, estou serena. Feliz. De coração leve.
Isso possivelmente é porque consegui resolver alguns assuntos afetivos pendentes e tive momentos realmente memoráveis com alguns dos meus amigos nos útlimos tempos e isso tem me deixado extremamente realizada. Vai ver é porque eu organizei todas as minhas revistas, cd's e dvd's por título e cronologia ontem à noite, encontrando alguns cd's que gravei há anooos atrás e os reouvi, dando risadas enquanto lembrava de detalhes engraçadíssimos de baladas e momentos ao lado de pessoas incríveis. Também pode ser porque finalmente escolhi não dar ouvido à questões que não são minhas na minha casa, ou melhor, decidi ser mais eu, apesar da cobrança e neura do outro.
Pode ser porque ano que vem vou estar no meu cantinho, talvez e possivelmente o compartilhando com um dos meus melhores amigos e pessoa de luz muito forte que, por razões de sigilo do nosso plano, ainda não posso revelar seu nome! Porque também pendurei na parede meu quadro de metal prontinho para receber as fotos que serão tiradas na praia este fim de semana com as meninas e o Vander tocando o Rei Roberto no violão com sunga caribenha. Impagável!
Mas o fundamental, estou tranquila (e disso eu tenho certeza) pois dentro de mim existe uma chama enorme de fé na vida e no amor, que me diz pra não me desesperar, pois minha trajetória está prestes a ser redefinida pelos planos, os quais não fui eu quem traçou.
Fé. Con fides. A vida é muito maior do que imaginamos. ;D E minha noção de que o curso natural dos acontecimentos é sempre o correto, de que nada acontece sem um propósito muito bem definido, me enche de paz e plenitude. Plenitude que me faz pensar que, independente da oportunidade que eu abraçar, vai dar certo, vai rolar e vai ser incrivelmente bom e inesperado e eficaz. Como tudo sempre foi na minha vida.
August 10, 2009
Arde aqui dentro de mim uma pouca vontade,com gosto cortante de caco de vidro, desnutrida exposta a fratura, desequilibra/desequilibrio.
são tantas saidas dadas ao absurdo, são tantos sabores destrutivos,veneno pro dia corrosivo, desequilibra/desequilibrio.Certo das contradiçoes desconcertado, desgovernaçoes prostituido, descalço no chão estilhaçado,desequilibra/desequilibrio.O passo pro fim foi conquistado, desdem tão comum em meus ouvidos, ligado na sobra do pedido,desequilibra/desequilibrio.Mais sobras dadas ao desperdício, mais veias tapadas por excesso, mais contribuindo incentivando,desequilibra/desequilibrando. Deformaçoes voluntarias sucessivas, se todas as cores fossem pretas, em todas as partes meu planeta,desequilibra/desequilibrio.
são tantas saidas dadas ao absurdo, são tantos sabores destrutivos,veneno pro dia corrosivo, desequilibra/desequilibrio.Certo das contradiçoes desconcertado, desgovernaçoes prostituido, descalço no chão estilhaçado,desequilibra/desequilibrio.O passo pro fim foi conquistado, desdem tão comum em meus ouvidos, ligado na sobra do pedido,desequilibra/desequilibrio.Mais sobras dadas ao desperdício, mais veias tapadas por excesso, mais contribuindo incentivando,desequilibra/desequilibrando. Deformaçoes voluntarias sucessivas, se todas as cores fossem pretas, em todas as partes meu planeta,desequilibra/desequilibrio.
July 29, 2009
Sobre o Timing
Pela Wikipedia: The act of measuring the elapsed time of something or someone...
O Timing é aquilo que se liga ao que devemos fazer, no geral. Mas, no fundo, o Timing mais importante está relacionado às coisas que queremos fazer, aos nossos desejos de coração, às demandas das pessoas que amamos e às nossas próprias de quando desejamos algo que aconteça conosco ou para nós, seja vindo dos outros ou de nós mesmos. Nossa percepção muitas vezes é falha e é exatamente por isso que temos que estar em sintonia com os acontecimentos, processos e andamento do que importa, pois, uma vez que o timing passa, ele passa. Perder aquele momento especial não tem volta. Meu avô já dizia: existem três coisas que não se pode voltar atrás – a bala depois de atirada, a palavra depois de proferida e a oportunidade depois de perdida. O Timing exato tem a ver com tudo isso. Quando o perdemos, já era a oportunidade de estar lá. E isso acontecendo, nossa, como é ruim.
Nosso Timing está ligado à percepção e à mensagem que recebemos de fora. O ideal seria que nossa percepção e mensagens recebidas fossem claras e fáceis, mas geralmente não é assim. Logo, demanda esforço não perder o bendito Timing, nosso reloginho interno que nos desafia a sermos atenciosos, zelosos e conscienciosos. É ele que nos proporciona aqueles momentos memoráveis e aquelas melhores lembranças dos dias em que não o perdemos e participamos de algo gigantesco. Essa coisa gigantesca às vezes é nada mais nada menos atender a um “preciso de você” oculto em conversas leves ao telefone, mas que são pedidos de socorro para situações limite, situações tensas e pesadas, quando precisamos que o outro perceba e participe do Timing da coisa.
Nosso mundo é muito rápido. Rápido demais pra sermos eficazes o suficiente para não perdermos o Timing de tudo que nos chama, das coisas do coração que nos envolve e envolve os que amamos. Eu, pelo menos, às vezes sinto muitas demandas no ar, especialmente em relação à mim mesma, que não pego. E isso também acontece em relação aos outros. Somos sempre mestres em gerar expectativas, mas esquecemos que a mensagem importa mais do que tudo. Cobramos a nós mesmos e aos outros por Timings diferentes. Às vezes, não é tarefa fácil essa coisa de comunicação. Parece simples, mas o radar emocional é de cada um e todos se confundem muitas vezes, resultando no Timing que dá tchauzinho ao virar a esquina. E não adianta correr atrás, porque esse ingrato não volta pra você. Mas ele deixa um post-it que diz: não perca os próximos. Just be there.
Nosso Timing está ligado à percepção e à mensagem que recebemos de fora. O ideal seria que nossa percepção e mensagens recebidas fossem claras e fáceis, mas geralmente não é assim. Logo, demanda esforço não perder o bendito Timing, nosso reloginho interno que nos desafia a sermos atenciosos, zelosos e conscienciosos. É ele que nos proporciona aqueles momentos memoráveis e aquelas melhores lembranças dos dias em que não o perdemos e participamos de algo gigantesco. Essa coisa gigantesca às vezes é nada mais nada menos atender a um “preciso de você” oculto em conversas leves ao telefone, mas que são pedidos de socorro para situações limite, situações tensas e pesadas, quando precisamos que o outro perceba e participe do Timing da coisa.
Nosso mundo é muito rápido. Rápido demais pra sermos eficazes o suficiente para não perdermos o Timing de tudo que nos chama, das coisas do coração que nos envolve e envolve os que amamos. Eu, pelo menos, às vezes sinto muitas demandas no ar, especialmente em relação à mim mesma, que não pego. E isso também acontece em relação aos outros. Somos sempre mestres em gerar expectativas, mas esquecemos que a mensagem importa mais do que tudo. Cobramos a nós mesmos e aos outros por Timings diferentes. Às vezes, não é tarefa fácil essa coisa de comunicação. Parece simples, mas o radar emocional é de cada um e todos se confundem muitas vezes, resultando no Timing que dá tchauzinho ao virar a esquina. E não adianta correr atrás, porque esse ingrato não volta pra você. Mas ele deixa um post-it que diz: não perca os próximos. Just be there.
É o tempo daquele olhar, daquele desejo de atenção e de respaldo emocional que queremos do próximo, aquele ombro que tem que vir! Ele tem mesmo que vir! Aquela necessidade de percepção alheia, afinal, a demanda acaba sendo tão grande! Como não percebem? Por pura desatenção que se confunde com leviandade. É não perder a oportunidade de se fazer presente, de sair com aquela pessoa, de dar aquela chance, de dizer que sim! Sim, eu vou, sim, eu quero... sim, sim, sim! Sim, eu estarei lá. Não vou deixar passar o sentiment daquel momento, não vou deixar a desejar, nõ vou nos decepcioar. É assim que funciona: interesses atendidos, interesses afetivos que são sim necessários. Demandas, vontades, desejos, chame como quiser, não importa o caráter da coisa, é simplesmente o Timing. Depois dele, perde o sentido.
July 17, 2009
drama cotidiano surreal latino-americano
hoje eu acordei
é dia do meu aniversário
estou apaixonada
por um homem que eu não conheço
ele parece um sonho azul
infinito, como um dia de verão imortal e limpido
ele é doce
ele é bala de coco, doce de leite
ele é citrico
e me lembra a infância mais bela, mais açucarada
eu me perco na engraçada articulação de meus pensamentos
tão infantis, tão inacabados
gostaria de te-lo por aqui
por que eu o desejo a-r-d-e-n-d-e-m-e-n-t-e
eu o espero
temperando meu discurso pra quando o encontrar
quero ser idealizada
como eu o idealizo
como eu o quero
sexo, juventude e outros acidentes
temperança, musicalidade, controle do imaginário
é dia do meu aniversário
estou apaixonada
por um homem que eu não conheço
ele parece um sonho azul
infinito, como um dia de verão imortal e limpido
ele é doce
ele é bala de coco, doce de leite
ele é citrico
e me lembra a infância mais bela, mais açucarada
eu me perco na engraçada articulação de meus pensamentos
tão infantis, tão inacabados
gostaria de te-lo por aqui
por que eu o desejo a-r-d-e-n-d-e-m-e-n-t-e
eu o espero
temperando meu discurso pra quando o encontrar
quero ser idealizada
como eu o idealizo
como eu o quero
sexo, juventude e outros acidentes
temperança, musicalidade, controle do imaginário
June 29, 2009
M.J.
By Sagá
Michael Jackson pra mim foi o gênio do pop, da música, da inovação, do videoclipe, da dança, do comportamento, da voz e da energia. Ele era mais do que um artista pop. Ele era o pop. Vi uma vez ele entrando no palco pra uma breve participação num prêmio de música e assim que ele entrou no palco eu, vendo pela TV, paralisei tamanha a energia que esse homem carregava. Uma energia de transformação.
Magnânimo, complexo, simplesmente ele. Difícil de ser rotulado. De todas as reportagens que já assisti de ontem pra hoje, mesmo quem vai criticá-lo o faz com um respeito gigantesco. Ele não era preto, não era branco, não era homem, não era mulher, nem bom, nem mal, nem fácil, nem difícil, sempre ilimitado, americano, não-americano, ele simplesmente era. E nós não podíamos deixar de prestar nossa homenagem e a Aly vai imprimir aqui nosso pensamento.
By Aly
Deixamos o furacão Michael Jackson entrar em nossas vidas porque sempre ansiávamos pelo novo, pelo intenso, pelo jovem. Dancei e pulei com o disco “BAD” a minha infância toda. Todos queriam ter o seu gingado, sua força, seus movimentos. Michael era o Brilho, em todas as suas formas de produção. Incrível como a perda dele se constitui numa perda real, doída. Perdemos a referencia do que é ser POP. Do que é ser enorme, do que é ser devorado pela fama, pelo fardo, pelo consumo ilimitado, pela segregação racial, pela destruição de uma família, pela solidão. Michael Jackson não só foi o ponto revolucionário da música pop, mas foi também um artista completo.
Ele compunha, ajudava a criar aquelas coreografias INCRIVEIS, dava idéias mirabolantes para a construção de seus figurinos de show, criando assim um novo panorama de moda e comportamento. Não bastasse tudo isso, ele realizou o videoclipe mais fantástico de todos os tempos, (não tenho palavras pra explicar o Thriller significa pra mim) e a partir dessa perspectiva o mundo passou a enxergar o videoclipe como um pequeno filme, investindo em estéticas diferenciadas e arranjos mais sofisticados. A MTV, assim como muitos artistas de todo mundo, deve sua existência à Michael Jackson.
Observamos todos os detalhes da carreira de Michael, ávidos por novidades bizarras, por fetiches estranhos e muito luxo. Acompanhamos sua queda. Acho que no fundo queríamos vê-lo cair, pra que ele pudesse se reinventar, ressurgir, voltar a brilhar. E com pesar, acho que a morte foi a sua redenção. É difícil não se emocionar vendo o seu inicio no Jackson’s Five, tão novo e promissor. Seu rosto inocente me impressiona, porque apesar de toda a loucura, todas as plásticas, abusos com a saúde e escândalos sexuais ele tinha um quê de Peter Pan mesmo. Um olhar de menino perdido na selvageria que se tornou a sua vida.
Custo a acreditar na morte de Michael por que ela é ta surreal quanto a sua própria existência. Ele fez tanto pra musica que simplesmente é difícil acreditar que ele pudesse realmente morrer. Michael, tão normal, tão frágil, tão humano. Não condiz com o imaginário que criamos dele. Não condiz com os 100 milhões de cópias que o Thriller vendeu. Não condiz com que eu quero acreditar.
June 22, 2009
El lado oscuro del corazón ou Salve Mario Benedetti
No te quedes inmóvil
al borde del camino
no congeles el júbilo
no quieras con desgana
no te salves ahora
ni nunca
no te salves
no te llenes de calma
no reserves del mundo
sólo un rincón tranquilo
no dejes caer los párpados
pesados como juicios
no te quedes sin labios
no te duermas sin sueño
no te pienses sin sangre
no te juzgues sin tiempo
pero si
pese a todo
no puedes evitar
loy congelas el júbi
loy quieres con desgana
y te salvas ahora
y te llenas de calma
y reservas del mundo
sólo un rincón tranquilo
y dejas caer los párpados
pesados como juicios
y te secas sin labios
y te duermes sin sueño
y te piensas sin sangre
y te juzgas sin tiempo
y te quedas inmóvil
al borde del camino
y te salvas
entonces
no te quedes conmigo.
(no te salves - mario benedetti)
Do filme El Lado Oscuro del Corazón me ficou a melhor das imagens sonoras que pude ter: a cena em que Oliverio recita esse poema pra puta pela qual é apaixonada. Gente. Pára tudoo! O filme eu já amei por ser, em sua maior parte, rodado em Buenos Aires. Já amei pelo artísta plástico e suas criações revolucionárias. Fiquei numa coisa meio sem saber cada vez que ouvia um poema, os quais depois fui descobrir que meus prediletos eram do Mario Benedetti. Descobri Mario Benedetti. Sensibilidade que ganha qual-quer mu-lher se recitado ao pé do ouvido. Homens, confiem. Um Deus de tudo que faz a gente desabar. Esse homem sabe das coisas.
E eu que ia falar do filme, mas Mario Benedetti me ganhou! Não adianta!
Só pra vocês terem uma noção: rostro de voz, outro do mario recitado pelo oliverio
No youtube tem um monte de trechos. Mas vai, assiste o filme todo! É uma viagem do começo ao fim.
Confessionário particular - Sagá p/ Aly
Ai, amigaaaa!!!Eu tava aqui lendo os posts passados do nosso blog! Mas assim, passados mesmooo! Os de 2006! E morrendo de rir sozinha aqui! Embasbacada de como nossas cabeças sempre foram à mil! Nossos surtos e psicoses momentâneas eram bem mais aparentes! Nós éramos mais coloridas mesmo. Mas bem mais menininhas tb... que lindo...rs
As aspirações mudaram um tanto qto muito, mas nossos desamores e amores continuam tão presentes nas nossas paixões de alma qto antes.
Eu era mais politizada sim, mais culturalista e culturalística, coisa que a Mary jah tinha percebido. E em certa época a palavra tequila aparecia com uma frequencia muito maior do que hoje em dia.
As aspirações mudaram um tanto qto muito, mas nossos desamores e amores continuam tão presentes nas nossas paixões de alma qto antes.
Eu era mais politizada sim, mais culturalista e culturalística, coisa que a Mary jah tinha percebido. E em certa época a palavra tequila aparecia com uma frequencia muito maior do que hoje em dia.
Nós falávamos muito mais de shows que íamos e de nossos rolês homéricos. Mas ALY! Ainda há esperança pra esse nosso processo de enfadonhamento. Ainda temos as mesmas paixões de alma e reler os posts de 2006 me safou de umas duas horas de psicóloga, pq consegui me dizer denovo que não estou tão genérica quanto pensava! Eu ainda tenho as mesmas paixões de alma. E você também.
NÓS AINDA SOMOS AS MESMAS ASPIRAÇÕES. NÓS AINDA SOMOS AS MESMAS PAIXÕES. SÓ TÍNHAMOS ESQUECIDO UM POUCO DISSO.
Sinto uma coisa por ele que meu coração não ousa classificar
o teu amor é uma mentira
que a minha vaidade quer
e o meu poesia de cego
você não pode ver
não pode ver que no meu mundo
um troço qualquer morreu
num corte lento e profundo
entre você e eu
eu nunca quis te cortar da minha vida. nunca. entre todos os propósitos, todas as coisas que nós dissemos um ao outro, você nunca saiu. porque um dia eu acordei e amei você, amei com a intensidade de quem ama o sol. era tão bonito, tão completo. não me desfaço de você para não me desfazer de mim, sem laço, sem glória.
e quando você diz que minha respiração muda, que meu tom de voz muda é porque eu me agrego a você na tentativa de entender o sublime que há em nós.
você entende?
eu disse tanta vezes o seu nome dentro de mim.
e quando eu te odeio, quero dizer que sinto muito por tudo o que você causou, sinto muito por te querer bem sempre. E só Deus sabe o quanto isso é horrível.
querer bem a quem nos mutilou é como sangrar até morrer
é a alegoria dos desesperados
é a irônia maior da vida
no principio era o caos
enxergar na morte a vida
enxergar a morte em você
e em toda a temperança que nos rege.
June 19, 2009
Acho que já estava na hora
Vida louca vida
Vida breve
já que eu não posso te levar
quero que você me leve
Travo uma discussão comigo mesma há alguns (e não são poucos) meses. Um movimento cíclico toma conta de mim e dos meus amigos, um movimento angústiante e cinza. Estamos cansados de uma coisa que não sabemos o que é. Estamos nos abstendo da nossa vida, do nosso amor, da nossa juventude. E rezamos todos para que seja uma fase. Mas essa ansiedade mata, fere, corroí.
A vida não anda acalorada e colorida, não sinto mais o sabor das coisas simples. Me tornei uma máquina, processo as coisas que tenho que fazer de uma forma fechada e reducionista. Prefiro dormir a qualquer coisa. Minha casa não é mais meu refúgio, é meu esconderijo. Me escondo atrás de desculpas esfarrapadas, de livros que eu não vou ler, de um copo de café quente e forte, de filmes que eu já vi. Não tá certo, alguma coisa não tá no lugar.
Não me permito pensar em algumas coisas doloridas, é aquela questão monstruosa do medo. Deus, quando eu me tornei tão medrosa desse jeito? Eu custumava jogar tudo pro alto, correr atrás do prejuizo e me divertir no meio tempo disso tudo. Os turbilhões serviam pra eu absorver algo, e depois que a tempestade passava eu sempre me sentia mais confiante, mais concisa.
Agora nem presto atenção nos turbilhões ou tempestades... Tô absorta, tô tão por fora.
Tô deixando as coisas no zero a zero sabe? Não ganhei? Pena. Ganhei? Sério??? Legal.
Eu teorizo o tédio de uma forma engraçada e providencialista. Falei, mas já falei muito sobre toda essa situação, mas é incrível como eu me movi muito pouco pra mudar o rumo das coisas. Já dizia Marx, os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem...
E todas as palavras, todo o discurso só me deixam mais cansada. Chega de reclamar uma hora né? Nossos vazios, nossas perguntas e toda a angústia ficam pra trás, moídos na poeira do tempo.
E como disse a Clarissa ( que faz parte desse processo) esse post pode ser mais longo do que as minhas expectativas...
Eu sou aquela Aline que é naturalmente uma bagunça, mas que sempre deu um jeito de organizar as idéias, a mente. Aquela que adora passar a noite vendo filmes antigos, que acorda tarde no domingo, fica com remorso e vai no cinema sozinha, sem problema algum. Ainda é aquela que adora tomar um café ou uma cerveja com os amigos quando eles precisam, quando ela precisa. Aquela que adora, ADORA as noites de sexta no Paraty. Que adora cozinhar para todo mundo, adora assistir Sex and The City com a Cintia (tomando vinho e sorvete). Que vê na História o combustivel pra vida, e quando entra numa livraria...segura! Que adora encontrar a Mary, a Clarissa, o Vander, a Cintia, a Vanessa, a Maíra, a Deborah e mais quem quiser chegar no metrô consolação, às 23:00 pra descer pra pista de dança até cansar. Que adora o ritual da tequila no Balcão da Dj Club. Que adora cuidar, ficar junto, abraçar, morder e morrer de amor. Que pira ouvindo queens of the stone age e chora ouvindo Cardigans. Que adora passar horas jogando "uno meu querido' e papiando na casa dos amigos. Que Adora abrir a sua casa. Que Adora sabados ensolarados e tem uma seleção especial para dias chuvosos. Que adora estudar tomando vinho e adora Rum com soda.
Que adora tatuar. Adora escrever. Adora uns porres de vez em quando.
São colocações pontuais de coisas tão simples e imensamente prazeirosas que eu deixei de fazer. São coisas que me ajudaram a constituir o que eu sou. Há um poder na juventude que me fascina e ao mesmo tempo me faz ter medo de não aproveitar o que eu acho que tem que ser aproveitado. Não quero trocar uma vida de responsabilidade por uma vida de rolê eterno, mas quero poder usufruir de uma coisa que não temos usufruído: a diversão, pura e simples. Quero a risada dos meus amigos, quero o movimento, quero a ajuda deles pra atravessar esse vale de espera e incerteza.
June 10, 2009
"Troca de chip"
Cantar, é mover o dom
do fundo de uma paixão
Seduzir, as pedras, catedrais, coração
Amar, é perder o tom
nas comas da ilusão
Revelar, todo o sentido
Vou andar, vou voar, pra ver o mundo
Nem que eu bebesse o mar
Encheria o que eu tenho de fundo
(Djavan - Seduzir)
Sabe que eu fui na psicótica, né. Tá, psicóloga. Fui ontem. Gostei dela, sabe... Principalmente pq ela me joga questões no colo como nenhuma outra fez antes. (ui!) E ela me passou lição de casa. E ela é kardecista também. E ela faz um realinhamento de chacras que, menina! Nem te conto...
Algum tempo de conversa depois, a bonitinha me lança que eu preciso retomar do ponto onde comecei a abandonar as minhas paixões de alma. Afinal, somos o que sentimos e não o que racionalizamos. Por mais que você possa achar o contrário, você e todo o mundo, não é a razão que mostra quem eu sou. Ou você, enfim. Mas sim a maneira como você acha em resposta a sentimentos. Alguma novidade nisso? É meio complexo, especialmente quando isso vai contra absurdamente tudo o que geralmente nos dizem em todos os lugares e em todas as esferas da vida.
Use a cabeça! Use a cabeça! Racionalize! Seja racional! Tenha a cabeça no lugar! Siga os fatos! Julgue de acordo com os ditados! Ouça! Pô! Sempre fui a mega sentimental. E quando me ensinaram que eu deveria ser de outra forma a farofa começou. Claro! Nada tem receita de bolo. É fácil dizer como o outro deve agir, né. Sei lá, to começando a fazer confusão denovo.rs Mas no fundo a farofa começou a dez anos atrás, quando eu comecei a aprender o que era ser humano de verdade. Depois disso, só avalanche.
O ponto é: parei. Parei de me desdobrar em 5 Clarissas diferentes a fim de realizar feitos impossíveis. Pesa muito, sabe? Dói os ombros. Fere. Massacra a auto-estima. Quero agora retomar calmamente algumas coisas e ser mais constante e não esse brainstorm ambulante que tenho sido há tempos. Retomar meus gostos, minhas aspirações e pequenas vontades. Relembrar coisas simples que eu já esqueci faz teeempo...
Daí é que eu digo: esse post pode ser um pouco mais longo do que inicialmente eu previ.
~~~~~~~*~~~~~~~
Eu sou aquela Clarissa que adora cantar, mas que abandonou o coral por razões das quais nem se lembra. A menina que é intensa e que ainda é cheia de apegos. Que ama Regret, do New Order e que já foi muito mais fã de Moby do que hoje em dia. Que ri com muuuita vontade sempre, sem se envergonhar quando olham torto. Que abraça quando sente que é. Uma que sempre gostou do termo 'engajada' e que gosta quando dizem que sua cabeça é cultural. Costuma dizer por aí que não existe gente que não gosta de cultura e arte, só existe gente que não achou a cultura e arte certa pra si - afinal, tem pra todos. Que ainda não sabe direito o que quer fazer, mas que acredita que ainda vai encontrar (e tomara que logo) o que realmente deseja. É que ela ainda não se perguntou, ela só andava tentando descobrir através do que é cool e recomendável por especialistas.
Essa doida, que sou eu, tem dificuldade em fazer escolhas. Diz a psicóloga que quem tem baixa auto-estima costuma ser assim. E deve ser mesmo. Mas ela tem convicção de que suas listas podem ajudar nessa. Uma a uma ela sabe, ao menos de início, onde cortar suas amarras. Ela sabe o que tem em casa que precisa ir embora. Ela sabe as palavras que deveria sempre usar. Algo como 'não, não posso'. E é por isso que sua música volta a tocar e a voz começa a sair da sua garganta. Ela cresceu num modelo com o qual não se identifica e hora dessas vai entender porque eles são assim. Ou talvez não seja tão rápido assim. Mas, sua maior certeza é a de que não dá mais pra se preocupar dia e noite com todos, sem conseguir mudar nada em ninguém e nessa desperdiçar energias que deveriam estar muito bem focadas.
Seus planos parecem mais claros agora. Ela sabe que gostaria muito de entender melhor umas coisas, sobre alguns assunto que acha demais. Mas sabe que não é do tipo, nunca foi, nem nunca será, que coloca impedimentos e compensações tolas pra ser e fazer o que gostaria. Isso apesar de saber que tem chão ainda. O ponto é: a menina não quer mais essa bagunça. Ela vai se recolher pra arrumar o quarto dela. Vai redeterminar o que é essencial e aprender a lidar com raiva e mágoas. Controle de raiva? Pois é. Sua hostilidade é bem direcionada às vezes.
Porém, contudo, todavia, ela vai voltar a cantar! E vai ser logo! Também vai organizar suas fotos e catalogar os CDs e DVDs, finalmente. Os livros vai desempoeirar e os textos arquivar. A Clarissa vai, em breve, voltar a escrever. E finalmente vai baixar suas músicas prediletas. Vai também na sua amiga buscar aquelas fotos liiindas de San Telmo que até hoje não pegou. E se organizar financeiramente pra sua próxima trip. Fora isso, vai listar lugares onde gostaria de trabalhar e convencer um deles de que she's the girl for the job. No fundo, vai fazer tudo o que gosta, mas que não fazia, pois... não fazia, oras. Sabe lá qual o motivo dela não fazer. Ler revistas e anotar referências. Mandar cartas. Ouvir seus Cds e cantar. E ela vai pra Cuba também. Só não sabe quando. Agora vou zerar o chip.
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