January 20, 2010

Recognizing


Hoje foi um dia de retrospectivas. Não pelo fato de eu ter relido quase um ano de posts desse blog e viajaaaado enquanto me deliciava com meu eu de 2004/2005 - Deus, como eu era mas empolgante. Hoje a sensatez toma novo lugar, mas ao mesmo tempo é acompanhada pelo sentimento de doação pessoal, parcimônia, quietude, mesmo tendo um vulcão aqui dentro que volta e meia dá as caras e me faz pensar... CARALHO!  
O ponto é que a retrospectiva de hoje foi mais do que reler posts. Ela se concretizou antes disso na realidade. Ela se concretizou na cama daquele que agora eu chamo de meu namorado, coisa recente, mas completa. Ainda nos surpreendemos com o andamento dessa nossa história. Tudo menos complexo, menos atribulante naquele mal sentido que sempre me perseguia, com gosto de mato fresco e chocolate/cerveja e samba. Gosto de verão.
Era um sentimento que fazia tempo: dividir uma cama que não a minha e que não a de um outro motel largado em algum canto da cidade. A cama dele me pareceu grande, e a minha ainda mais quando cheguei em casa. Ainda não deitei. Dá aquela sensação de certeza: a certeza que vão faltar os braços dele hoje comigo. Quero mais viagens.
Foram muuuuitos meses distribuindo minhas fichas pra quem as desperdiçava em segundos. Ele até hoje não me deu razão para dizer não. E enquanto isso eu simplesmente me jogo. Como gosto. A gente vai entrando numa fase diferente. Marcantemente diferente. Discretamente diferente. Quando a gente passa a entender melhor os pensamentos da tia do que os pensaentos da prima adolescente. Então, depois de perceber isso, acabamos entrando em um segundo estágio de (auto)aceitação: o outro tem que ser esse complemento perfeito e minimamente (só o suficiente) perecível. E assim ele é. Tudo é uma questão de amenidades, pontos de vista, pretensões e muito bem-querer.





Percepção!
This modern love...

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