December 20, 2006

Do Lat. meta
s. f.,
baliza;
marco;
barreira;
fig.,
finalidade;
alvo.


Meta. Não estou falando da comuna italiana na região da Campania, província de Nápoles, que faz fronteira com Piano de Sorrento. Estou falando do radical que define o que existe num nível lógico diferente. Derivado do grego, significa "para além" e não simplesmente um resultado a ser atingido no futuro. Se é dito "para além", vem a idéia de superação e não apenas de atingir um resultado. Superação, inovação, transposição, tudo junto em um só balaio.

Pode-se dizer que este é o meu post de fim de ano ou de definições do ano que está por vir. Não vou fazer um balanço deste que está terminando pois lavaria um bom tempo e daria pra escrever um artigo científico. Tampouco pretendo soltar um "graças a Deus que terminou" quando estourar minha champã na hora da virada, afinal isso daria a impressão de alívio por se livrar dos perrengues passados, provando que nada foi apr(e)endido das experiências não tão boas e prazerosas. Por falar em virada, todo ano fica a vontade insana de remexer em tudo, jogar metade fora, regurgitar coisas, dar um refresh e um upgrade, começar o ano com tudo renovado. Mas não, este ano vou reabastecer a alma e manter a recordação das minhas experiências passadas, guardando as riquezas de tudo que construí, mantendo alicerces e buscando um crescimento pautado nos valores que aprendi e adquiri com meus tesouros. Quero sim dar uma lavada na alma, mas de leve. Não quero que muito valioso seja escoado sem querer nessa lavada às pressas e repaginação desenfreada.

Não quero um caderninho cheio de vontades e desejos à serem concretizados simplesmente, nem metas no sentido pagão. Quero estabelecer metas claras, simples e verdadeiras, pois se forem metas de verdade e exigirem superação, não podem ser muitas, mas sim poucas e boas. Afinal, se sobrecarregar de desejos e se frustrar por não atingir aos 50 ítens da lista de metas ou simplesmente atingir superficialmente não dá. Não gosto de 'metades', de 'quases', de 'semis'. Ou alcança ou não alcança e se alcançar que seja com louvor.

Esse ano aprendi que ser 'meio bom' não serve. Que amar-quase não serve. Que tudo que é vivido com alma e amor incondicional dá certo. Observando comportamento de pessoas que um dia me magoaram percebi que sim, elas se arrependem e voltam atrás, buscam reatar laços rompidos, mas na maioria das vezes é como um ligamento: rompeu, já era. Se eu fico ressentida? Talvez, mas bem pouco, afinal não é todo mundo que consegue se doar 100%, eu também luto pra conseguir, é bem difícil às vezes. Fico mais é um pouco triste por não ter podido usufruir 100% dos valores e amores dessas pessoas que hoje mesmo se tentassem muito, não conseguiriam voltar. Parece que aprendi bem o sentido do move on.

Não vou expor minhas definições, desejos do coração e metas para este próximo ano aqui no Zipadas. Pois também aprendi este ano que nosso tempo é muito curto e valioso e nossos desejos devem ser centrados. Por isso melhor não divulgar seus planos, não dissipar energias nem atrair atenções desnecessárias para algo que exige tanta dedicação e vontade. Mas quero acordar todos os dias do meu ano novo com sunshine on my face.

1 comment:

Anonymous said...

É o certo a se fazer... não escancarar os planos! Pra quem tem planos. E quem não tem?
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Ando meio perdido...
E preciso:
"estabelecer metas claras, simples e verdadeiras"

Que bom que voltou!