February 26, 2007

Cri-crítica


Tenho a mania de analisar criticamente tudo que assisto/leio/ouço, como filmes (atores, diretores, produção), músicas (artistas, bandas, CD´s), peças de teatro, discursos, palestras, livros, jornais, revistas, textos avulsos... etc. Para quem não sabe exatamente como se define e se deve fazer uma análise crítica, aqui está uma explicação básica, bem básica. Mas o mais importante é deixar claro que um ponto chave é a distância que precisa ser criada entre a opinião pessoal e a opinião crítica, ou seja, a imparcialidade na análise de seja lá o que for.
O problema é que percebi que, por conta do exercício diário na faculdade e mais prática em trabalho, não tenho conseguido mais separar facilmente a análise da minha opinião pessoal, ou melhor, eu apenas analiso e fico sem saber onde raios eu enfio minha pessoalidade. Quando uma amiga me perguntou "E aí, Clá... Gostou do (filme) 'A Rainha'?" eu comecei a falar, impessoalmente, sobre minhas impressões quanto à dificultado para a Helen Mirren de trabalhar um personagem em cima de uma personalidade que realmente existe, tá lá, vivinha da silva (
a danada ganhou o Oscar de melhor atriz), sobre como deve ter sido bacana o processo de pesquisas do filme, afinal eles não fariam algo meramente especulativo sobre os modos da Família Real, sobre como o filme demonstra a dificuldade de adaptação das cabeças mais antigas acostumadas aos modos monárquicos aos dias atuais e perambulices políticas e da chegada da fase conturbada e difícil da carreira de Tony Blair, que a Rainha pré-diz no filme, onde Tony acabara de ser eleito. Em que momento eu falei sobre minha opinião pessoal? Algo como "Noossaa, adorei o filme, mas achei que...blablabla, pq a Helen Mirren fez umas caras e bocas incríveis, blablabla... e eu só não gostei de tal coisa por blablabla..." ?!? Esse é o ponto. Minha amiga me olhou com cara de empada e me disse que ainda não sabia o que eu, a Clarissa, tinha achado do filme, que tava começando a ficar difícil ter uma conversa banal comigo sobre filmes pq eu já "quebrava as pernas" dela com meus comentários à lá Caderno 2. Daí cara de empada foi a minha. =p

Mas se pensarmos bem, para quem curte umas conversas mais completas (e não complexas, por assim dizer) e diversas, você trabalhar seu olhar a fim de torná-lo um pouquinho crítico, fazendo com que complemente sua visão pessoal é muito válido! Tudo bem que eu me perdi um pouquinho, mas poxa vida, não há quem não possa dizer que a amplitude criada por um pensamento com base crítica não é enorme. Quando eu penso sobre algum assunto e quero mais informações válidas (que não sejam apenas um mero "gostei" ou "ahh, é uma merda!") a curiosidade fica aguçada e eu vou procurar blogs, colunas de jornais e até livros quando é coisa de trabalho/faculdade. O resultado é uma cabecinha fervilhante, com idéias, bom papo, curiosidade e atenção à coisas novas, interesse na opinião alheia, afinal é sempre bom fazer umas comparações... enfim, encontrar uma dose certa entre critiscismo e pessoalidade é ponto chave pra não virar um cri-crítico.

Próximo post sobre meus filmes prediletos da temporada. Não vou falar do Oscar porque ainda não assisti todos os filmes que foram indicados, inclusive o vencedor, "Os Infiltrados".

February 23, 2007

Praticamente do meu número

Pra quem é movida à cafeína no trabalho, ficar meros três (3!!!) dias sem café é mais do que o desprazer de não saborear e sentir aquele aroma ma-ra-vi-lho-soooo, resulta em sono extremo, capacidade de pensar só depois das 10:30 da manhã, impossibilidade de raciocinar ou fomentar um argumento antes do almoço e histerismo ao passar perto da garrafa térmica após o almoço. Se eu desenvolver psicose, a culpa não é minha. (e por um acaso psicose é algo que se 'desenvolva'? realmente não sei.) Daí alguém pergunta: "Mas porque esses três dias?!" É segredo. Só os íntimos sabem. Coisa de crença, sabe? Mas tudo em nome de um bem maior (eu mesma, oras!), que ainda vai me privar por tabela de cigarros e bebidas. Vou ter que aprender a viver de outra forma! Será que eu era alcoólatra e não sabia? Pode ser que sim. Abstinência é algo foda, que dá trabalho pacas.



Tannnnto filme que eu quero assistir. Mas tannnto... Hoje vou escrever uma coisinha sobre cinema//críticas//ser crítica//tornar-se crítica, mas só publicarei amanhã, provavelmente. Teve cinema segunda e hoje vai ter denovo! É vício. Talvez substituindo um pelo outro!! Ou não, pois esse eu já tinha.

February 22, 2007

Não que seja fácil...


Nunca quis escrever sobre isso, sempre considerei uma das minhas angústias e medos mais bem guardados. Só resolvi finalmente compartilhar publicamente pois tem horas que não conseguimos lidar com sentimentos, ainda mais quando os deixamos trancados no peito. Se é pra manusear, que seja com cuidado.


Uma das lembrandas mais felizes de infância era quando minha avó me levava para a escola com ela. Lembro-me bem de ver o carinho daquelas crianças com ela, do corrimão largo e azul, estilo colonial, do quadro negro grande, de ponta à ponta da sala de janelas amplas e do suco de maracujá da sala dos professores. Também tinham os pratos, talheres e cabequinhas, todos de plástico, onde serviam as merendas, sempre muito deliciosas. Eu sempre repetia, nunca me contentava com só um pouquinho. Quando chegávamos em casa minha avó entrava no quarto da mãe dela, quarto este o mais escuro da casa, que cheirava à não sei o que, mas só sei que não era muito agradável, como cheiro de lã molhada que secou e molhou denovo, várias vezes. Minha bisa, desde quando eu me entendo por gente pequena, ficava deitada naquela cama, sempre meio que encolhida, as pernas encolhidas, gorrinho de lã na cabeça, pele muito enrrugada, voz trêmula. Poucos anos antes ela não era assim, a esclerose veio como uma avalanche sobre ela, limitando-a. Uma mulher que antes era mais do que maravilhosa agora estava numa cama, usava fraldas geriátricas, não comia nem se banhava sozinha. Eu, mesmo pequena, conseguia perceber as sutis pioras de seu estado. Numa semana ela arranhava minha avó durante o banho, noutra ela a xingava de ingrata, na seguinte ela passava a gritar e morder. Tinha sim momentos de lucidez, comigo eram muitos, acho que minha presença a acalmava. Sempre que entrava no quarto dela ela dizia, mesmo sem poder me enxergar: "Quem está aí? É a minha santinha?" Quanto amor eu sempre tive, até mesmo depois de seu falecimento.


Hoje em dia, minha principal preocupação é com a minha avó. Ela viveu uma vida em busca de progessos pessoais, principalmente depois que minha bisa faleceu e ela começou a administrar melhor sua vida, afinal ela nunca colocou sua mãe em asilos ou casas de repouso. Para melhorar seu temperamento difícil e exercitar suas virtudes ela passou a frequentar a Seicho-No-Ie, todos nós percebemos as melhoras e eu sempre ia com ela. Era mais capaz de sorrir, de perdoar, de amar, de demonstrar seus sentimentos. Claro, não foi de um dia para outro. Anos se passaram, a idade veio chegando e minha avó, mulher sempre extremamente vaidosa, que nunca saiu de casa sem pó, blush, batom, lápis e rímel, começou a ter muito medo da velhice, talvez por trauma de ter visto sua mãe do jeito que viu, entre outras muitas coisas. Desde sempre eu ia com ela à esteticista, a Hortência, que sempre foi grande amiga dela. Quando já estava mais crescidinha eu também comecei a fazer limpezas de pele com ela. Ano passado entrou numa fase de tratamentos alternativos que levou todas nós (eu, minha mãe e minha tia) junto, ela fazia acumputura, massagens, drenagens linfáticas e o salão de beleza era ritual. Daí ela fez uma plástica no nariz, começou a dar credibilidade máxima à sua médica (ela começou a frequentar muitos médicos, de inúmeras especialidades) que quase a convenceu de fazer uma lipo-escultura!


Vejam bem, nós, eu, mamãe e minha tia, não ligamos dela se cuidar. Mas tem um fator chave: ela cuida apenas do corpo e quase nada da mente. Depois de ter se aposentado das aulas ela nunca mais leu um livro por inteiro, começou a cuidar só do seu exterior, a acreditar em tudo que lhe falavam como por exemplo que aveia engorda (por isso jamais comia) e que ginkgo biloba era bom pra memória (então tomava religiosamente há anos). Fechou-se num mundo onde Padre Marcelo era (é) Deus, onde qualquer um que tropeçasse na vida era um imprestável, tornou-se mestra em recitar suas verdades e moralismos e usava argumentos completamente ridiculamente infundados apenas para dar suporte ao seu ponto de vista, como da vez que comprei um refrigerante de limão para nós e um suco para ela, pois tendo cistite não poderia consumir coisas muito ácidas para evitar crises e dores. Então ela disse: "Vou tomar Sprite sim, pois laranja que é ácido, limão não me faz mal." Uma mulher que foi professora a vida toda me dizendo algo assim? Ela passou muito mal depois de tomar o refrigerante.


Daí, analisando tudo que tenho presenciado, todos os detalhes do dia-a-dia, da convivência, percebo que ela está para trilhar (se é que já não está trilhando) o mesmo caminho da minha bisa. Minha tia teve uma conversa séria com ela semanas atrás sobre seu descuido com a mente, os problemas futuros, o processo de adequação dela à velhice e muito mais, sobre realizar coisas. Conversa de filha para mãe. O resultado? Ela, que não tem a menor coordenação nem para andar de esteira (sério isso), que já perdeu muito do seu reflexo, que não consegue mais ficar de boca fechada e arruma briga no trânsito chamando qualquer um que seja barbeiro de drogado, malandro, maconheiro (juro!), botou na cabeça que quer voltar a dirigir, depois de mais de 30 anos longe de um volante pois um dia bateu o carro e pegou trauma da direção. Alguém aí acha que isso vai dar certo?


O duro é que não posemos ficar tão em cima pois as escolhas são dela. Nós apenas podemos orientar, mas jamais forçá-la a fazer algo que ela não goste, não queira ou simplesmente ache inútil. Ela não aceita a velhice, as limitações, não se cuida como deveria, gasta rios de dinheiro com tratamentos estéticos e nem 1 real com tratamentos para que não seja arrebatada por uma esclerose ou até mesmo Alzheimer! Difícil situação, bem difícil.

February 12, 2007

Novas do fim de semana

Casamento da Sra. Minha Sogra Fomos, eu e meu salto-15-de cetim preto, de metrô e busão, pela eternidade até a zona leste. Mas fomos e chegamos lindos. O casamento foi maravilhoso, simples mas cheio de pessoas queridas, sentimento vivo, noivo cantando pra noiva, meu namorado entrando na igreja com as alianças da mãe (linnnddoooo!!!)... enfim, foi uma delícia.

Domingo Cansada, porém naaada parada. Cheguei em casa por volta do meio-dia, fiz um almoço bem gostoso (meu molho de mostarda de dijon desandou. não sei oq houve. mas tudo bem, foi minha primeira experimentação com mostarda de dijon e eu juro que a culpa foi do limão), dei uma cuidada/limpada/polida/recauchutada nos meus sapatos, lavei a carteira que tava i-mun-da, arrumei coisinhas pra semana, fiz a unha, namorei mais um pouco, assisti filminho com ele no meu colo, descansei e fui pra São Vicente.

São Vicente É sempre muito bom pra mim. Chego no litoral, que foi casa por tanto tempo, e fico até nostálgica. Meu vovô vai operar nesta quarta e eu não podia ficar sem vê-lo, até porque foi aniversário do bonitinho semana passada e eu não pude dar abraço-beijo de parabéns. Tomamos café juntos, arrumamos os LP´s dele juntos e separamos algumas raridades que precisam ser restauradas como por exemplo os LP´s do Noel Rosa, Caetano&Chico Buarque, Louis Armstrong, Ray Charles (de 1962!!), Jorge Bem e mais alguns... Preciso passar na Augusta e ver bons lugares que façam a restauração. Ganhei um presentinho da vovó e morri de vontade de ficar com eles mais tempo. No feriado vou vê-los novamente. Eles são definitivamente a loucura da minha vida.

Só para variar Não fiz nem metade do que havia planejado. Mas foi tudo ótimo mesmo assim. Li quase nada, estudei quase nada, me informei quase nada, escrevi nada. Por outro lado, pesquisei lugares vááááários onde posso comprar uma mesa de estudos usada/velha porém inteirona, ainda podendo achar móveis no estilo art-déco/anos 50, pagando beeem baratinho. Depois passo pra vocês óootemos endereços. Alguns valem a pena simplesmente pelo passeio, como um depósito que fica num prédio de 1945 na Angélica que pela descrição parece ser o máximo. Depois conto mais.

February 09, 2007

Tagarelices (in)úteis da Sagá ou Quêqui cê tá falando, mulher?!

A futilidade primeiro

Prestigiar shows em festa da Versace no colo do maridão o tempo todo. Ô, delícia! Queria eu, viu. Queria eu prestigiar uns showzinhos desses aí da Versace, tendo sido convidadíssiiimaaa e ainda poder desfrutar do colo do namoradão, no meu caso. Isso não é coisa pra mortal. Não é.


Seguido de um momento



Dou o meu silêncio.

(não me lembro de onde tirei a charge, mas é do Liberati)



E de boas coisas

Hoje fiz a senhora compilação de notícias, organizei as fontes confiáveis, procurei os que mandavam boletins por e-mail e ainda montei metade de um projeto. Resultado: feliiizzzz de estar de volta à vida acadêmica!




O Chico Liru (o menino, não o gato) gravou um CD com as bandas maaaais legais pra mim, tudo em mp3, mais de ceeeemmmm músicasss!! (100 músicas!!!) Rock, rock, rockezinhoosss!! De She Wants Revange à Vive la Fête. Pura esbaldação da pessoinha aqui!




Mary e Aly já desbancaram pra praia e eu amanhã tenho o casório da Sra. Minha Sogra. Em outras épocas as sogras já vinham casadas. Espero que essas duas vaquinhas não caiam no papo dos trú caiçara de 'ir ali na esquina ver corrida de siri'... Valei-me, Deus!

Detalhe: ontem, enquanto eu estava no ponto de ônibus voltando da casa da Mary (fui acessorar a arrumação da mala de praia da moça), vi passando 3 carretas carregadaaaasss de Br*hmas. Mary, vc tem algo com isso?! Muito suspeito, diria eu. Muito suspeito.
Pânico de leve

Amanhã, de salto altíiiissimooooo (salto 15 bem fino de cetim preto), vestido leeennnddoo, cabelo e maquiagem... vou ter que ir de metrô pro casamento da sogra que vai ser na zona leste?! To com problemas de logística. Definitivamente.

February 08, 2007

Glam


Pra ele eu me vestiria assim. E quando ele abrisse a porta essa seria minha feição.
[Colchetes importantes]:
[Mas claro que não sou a Kate Moss na Vanity Fair.]

Rotina de estudos


Ontem fui à faculdade, primeiro dia, despreparada pois não havia trazido mochila com sombrinha-tênis-garrafinha de água-fichário e peguei chuva-corri de salto 15-não assisti aula-ganhei um baaaaita resfriado. Revi alguns amigos, percebi como vou sentir falta dos outros que foram pra outra facul (na verdade meus melhores amigos de lá), assinei documentos, conversei e esclareci situações, coloquei meu pé mais no chão e também passei um tempinho com o namorado que me acompanhou nessa. Hoje tô aqui fungando, tomando remédios e tentando respirar direito nesse ar-condicionado que detesto.

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A parte boa é que não mais me sentindo uma burrinha. Explico. O semestre passado, por conta de todo o problema que foi meu ex-curso ter fechado, praticamente não tivemos aulas no mês de novembro e começo de dezembro. Antes disso, meio que sabendo-não-sabendo do que aconteceria, alguns professores estavam extremamente desmotivados e a qualidade de suas aulas decaíram muito (to falando do início do semestre), ou seja, foram quase 5 meses de balelas e nenhum bom aproveitamento. Apenas da matéria de Filosofia, Estratégias e Negociações eu consegui sair com alguma coisa absorvida de verdade. Tinha parado de fazer minhas compilações, meus artigos, análises e leituras. Totalmente desmotivada. Mas ontem, depois de sentir o clima da faculdade, de um bom curso com bons professores (um mais foda que o outro), meu ânimo voltou e a Sagá tá se sentindo instigada denovo. Nessas horas eu percebo que estou no curso certo, sem dúvidas. Site do MRE, aí vou eu.
Preciso, inclusive, fazer um calendário, planilha, agenda, pasta, whatever, pra conseguir organizar (a mim mesma) e terminar os artigos que vou mandar pros concursos que vem por aí. São 4. Fôlego.

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Comi Doritos e tomei Toddynho no café da manhã.Tô resfriada, preciso de mimos.
Alguém me escreve um poema/poesia/frase linda nos comentários?

February 06, 2007

Constatações na conversa com a mãe de santo predileta


A mãe de santo amiga da família. Amiga tão querida que não consegue mais ser imparcial quando joga búzios pra mim. Não diria nem que foi uma consulta, mas sim uma conversa com assessoria do além, por assim dizer. Não me venha dizer o que você acha ou deixa de achar sobre suas crenças ou sobre a credibilidade da minha. Só quem cresceu nisso e sente na pele o que eu sinto é capaz de ter essa fé (que não é cega) mais que incondicional. Fé tão verdadeira quanto a que tenho pelo ar que estou respirando agora.


Um dia ainda morro de intensidade. Esse foi o pensamento que ficou na minha cabeça depois de sair de lá. Quando amo, penso, falo, ando, respiro, vivo, cozinho, bebo, trabalho, faço qualquer coisa, sempre sou intensa. Acredito nas cores, em exarcebar raízes, cultivar amores, passar a paixão no meu tom de voz e no meu olhar. A parte ruim disso é que quando se é intensa, automaticamente fica quase impossível de acreditar que alguém possa não o ser, ou ser quase-nada e aí tá o problema: como não esperar paixão do outro quando não acreditamos que uma atitude sincera desprovida de paixão não existe? Enfim, eu sempre acredito demais naqueles que me inspiram coisas boas e nestes eu apóio minha existência. Sou infinitamente feliz pelas minhas relações sem cobranças forçosas, principalmente as amizades, mas também fico infinitamente desequilibrada com relações mornas ou que não superam minhas expectativas, mas isso quando é com aqueles que amo demais e espero retorno.

Não, não vá você pensar que eu amo qualquer um que me jogue um sorriso na fila do Vila Gilda todo dia de manhã. Muito pelo contrário. Demoro um pouco para dar crença ao meu feeling inicial em relação à quem acabo de conhecer. É aquele velho clichê, demoro pra gostar, mas quando gosto... Quando gosto eu ouço seus problemas como se fossem meus, eu desejo muitas vezes que seus problemas fossem meus pois em certas ocasiões saberia resolver melhor que você, desejo que sua dor fosse um pouco minha pois não sei te ver se contorcendo ou com olhos doloridos, desejo que as pessoas sejam de bom caráter e que não te passem a perna, pois não gosto de sacanagens com os meus. Se você me conta seu problema eu vou pensar nele, se você deixar eu vou pegar suas energias pra dissipá-las em mim -sem perceber- e posso depois ir dormir com os olhos cheios d'água, sinal de que suas energias estão sendo soltas de mim.

O problema é quando em meio à tanta intensidade eu esqueço de mim mesma. Quando acordo e vou dormir sem perceber como foi meu dia, nos laços que criei, nas palavras que proferi, sem gravar em mim tudo que vi e senti. Quando começo a operar no piloto automático, pensando mais nos outros e deixando minha auto-estima quase de lado. Quando quero emagrecer e só engordo. Quando quero crescer e fico estagnada. Quando tudo o que peço é luz, mas quando a ganho acabo doando ao outro. Quando todo dia acaba sendo muito difícil alimentar e sustentar a paixão que deveria estar por trás de cada gesto imparcial meu. Quando o coração pára de bater ligeirinho e a vagarosidade deixa o humor no chinelo e a Sagá vira a mais cricri com os seus.

Quando chega nesse (atual) ponto o melhor é dar uma pausa, masbemrápidapoisomundonãopára, e redefinir o grau de intensidade. Dessa vez a regulagem será diferente, sim, intensidade também tem regulagem, não é apenas nível máximo. Vou regular para um grau abaixo do anterior, um grau que me permita fazer tudo que fazia ntes, mas sem me perder em você, que me permita pegar suas energia indesejada, tirá-la de você e não dissipá-la em mim, mas simplesmente jogá-la fora. Quero poder voltar a ser uma Sagá que não precisa se esforçar tanto pra manter raízes e para se cuidar. Que tem a latinidade nas veias e nos poros e que vai transparecê-la e não ficar como agora, a deixar seus olhos perdidos em velhas lembranças e velhos sentimentos, a não assimilar os novos acontecimentos.


Eu morreria de febre, mas nunca de marasmo.

February 05, 2007

Oww, galera!

Não sei se todo mundo é bem resolvido no amor (e na dor de amor), se são tímidos demais, se são recatados ou se são anti-sociais. Mas poooouuuxxaaaa, galera! Queria tanto fazer funcionar a coluna Hard-Love-Bitch !! Ninguém quer inventar alguma coisa ou compartilhar de coração sua dúvida só pra eu ficar feliz?! Pode ser por nome fictício, nomes reais não serão publicados, se assim desejarem! Garanto o sigilo absoluto (mas todo sigilo já não é absoluto?! pq especificar que é absoluto?!)!!



Outro assunto. (enquanto ainda não posso falar sobre novidades do blog, pois estão no forno. por enquanto nossa bagunça -quase nada- organizada continua)



Vamos todos cantar parabéns pro meu pai! O quarentão mais lindo, charmoso, cheiroso e bom partido da paróquia! (e muito bem casado, diga-se de passagem. Sagá-mãe não deixa a desejar...rs) Foto antiiiga, de 2004, no meu aniversário de meros 19 aninhos! Pai lindão segurando meus cães e eu levando um beijinho da Dió, a cã mais linda do mundo todo.


Lubi, não vou voltar a tocar no assunto da venda dos cachorrinhos. Favor não insistir! rs

Ah, e muito obrigada pelos comentários, pessoas!

February 02, 2007

PARADA RESPIRATÓRIA!

ESSA ZIPADA QUE AQUI VOS FALA NÃO DESISTIU DO SEU QUERIDO E REFORMULADO INSTRUMENTO LINGUISTICO - VULGO BLOG - NÃO!
EU SÓ ESTOU DE FÉRIAS!!!


E PRA AJUDAR MEU COMPUTADO NOVINHO JÁ PIFOU!


LOGO VOLTO!

Quero doses cavalares de bem-estar, pode ser?

Ow, Deus. Estou me sentindo extremamente mal hoje. A vida no centro de sampa tá me deixando acabada. Noite passada, por exemplo, resolvi descer do metrô na estação da Consolação, pra passar no Center 3, talvez descer pro cinema, depois pracisava ir na livraria do CCSP. Então desci na estação Consolação, me irritei na saída com a quantidade de pessoas amontoadas na catraca, tanto tentando entrar quanto sair. Parei na frente do Center 3, acendi um cigarro, fiquei observando as coisas, pensando no que faria, fui até um orelhão, estava quebrado, pensei melhor, atravessei a avenida e entrei no Conjunto Nacional. Lá dentro música eletrônica alta que saída de uma dessas lojinhas de roupas da modinha que estava em liquidação, somada ao barulho infernal dos ônibus, carros, motos da Paulista, com o cara que na calçada estava tocando flauta transversal, com as conversas alheias... Ai.
Me bate um cansaço súbito, saio de lá, entro no primeiro ônibus, vou pra casa. Mas não tão logo... trânsito. Ok. Chego em casa com muito dor de cabeça, ombros tensos, olhos lacrimejando, cabeça que não consegue parar de rodar nem focar em apenas dois pensamentos de uma vez, são cinco, seis coisas ao mesmo tempo! Latido de cachorros, dor nos pés por causa do sapato de salto alto, inchaço nas pernas e em todo o resto dom meu corpo por causa da TPM. Cara, que caos em mim. Banho na cachorrinha, secar a cachorrinha no secador, passar um pano no meu quarto pois está com xixi de cachorro, pano no quarto da minha mãe, lavar o banheiro, fazer algo rápido pra comer. Depois tomar banho, sentar no notebook, abrir arquivos para traduzí-los e... peraí... que tanto os cachorros latem na porta? Vou até lá e grito para que voltassem pro quarto, mas os insuportáveis correm pra porta denovo (são dois cães, um casal) e, quando já inflo o peito de chinela na mão, ouço alguém do outro lado 'Adriana, é você?! A Adriana tá aí?!', ué... quem tá procurando pela minha mãe às quase 22h de quinta-feira? Abro lentamente a porta e quase não reconheço os dois senhores de rostos enrrugados à minha frente. Meus dois tios da Bahia. Oh, não Deus! Agora não, hoje Não!
Entram, sentam, perguntam pelos meus pais que estavam em reuniões, começam a tagarelar conversas dispersas, um reclama que minha avó vive reclusa, ouço palavras que não me agradam, minha cabeça lateja mais, os cachorros latem. Ligo pro meu pai e digo pra ele vir o quanto antes e meia hora de tormenta depois ele chega. Posso voltar pro notebook novamente, volto, mas mal consigo enxergar as letrinhas, são quase 23h. AH, chega... gravo meus arquivos na pen-drive e vou pra cama.
Ahh, a cama... finalmente. Mas, peraí. O travesseiro não é o meu. a janela está entreaberta e deixa vir aquele ventinho gelado que sempre me deixa resfriada e mais o som alto dos ônibus que ainda passam, muito, na frente do prédio. Forço-me a pegar no sono. Mas que merda de sono... noite toda acordada, barulho, cachorro que às quatro da manhã começa a latir direto. Vai ver ele também não consegue dormir bem à algumas noites. Tadinho.

February 01, 2007

Cantaaa New Order pra miiimmm!!!

Na foto: Aly, Maloba, Sagá e Mary
Essa foi no show dos Mutantes.
Lindas, não? Divas, diria eu...rs

Primeiro, obrigadaço às pessoas que deixaram seus e-mails aqui no blog, às que mandaram pro meu e-mail e às que deixaram no meu flog. Contando com os e-mails dos amigos que eu já tinha antes, nossa main list tá com 65 pessoas, entre amigos antigos, amigos de blogs e mais aqueles que gostaríamos muito que virassem amigos logo! ;)

Seus e-mails servirão pra que possamos enviar um Boletim Zipadas que tem data pra ser estreado, mas só depois do carnaval! -essas moças vão cair na folia pois nóis semo fia de Deus também! - E mais: toda edição terá participação especial de um ou dois ou três (não decidimos ainda!) amigos, publicando sua obra/texto/palavras/whatever. Boa forma de estar mais pertinho, não?

Medinho Segunda que vem as aulas voltam na facul. Minha transferência não está concluída ainda. Estou sim um pouco preocupada. Mas vai dar tudo certo. (sim, vai sim) Ai.

Medinho 2 Voltando as aulas, só verei o Sr. Namorado aos fins de semana. Férias só nos traz mals hábitos. Passarei a usar as poderosas palavras Somente por hoje NÃO cabularei aula! Ai.

Acordei instrospectiva. Boa coisa. Mas eu penso demais. Preciso bolar estratégias.