February 02, 2007

Quero doses cavalares de bem-estar, pode ser?

Ow, Deus. Estou me sentindo extremamente mal hoje. A vida no centro de sampa tá me deixando acabada. Noite passada, por exemplo, resolvi descer do metrô na estação da Consolação, pra passar no Center 3, talvez descer pro cinema, depois pracisava ir na livraria do CCSP. Então desci na estação Consolação, me irritei na saída com a quantidade de pessoas amontoadas na catraca, tanto tentando entrar quanto sair. Parei na frente do Center 3, acendi um cigarro, fiquei observando as coisas, pensando no que faria, fui até um orelhão, estava quebrado, pensei melhor, atravessei a avenida e entrei no Conjunto Nacional. Lá dentro música eletrônica alta que saída de uma dessas lojinhas de roupas da modinha que estava em liquidação, somada ao barulho infernal dos ônibus, carros, motos da Paulista, com o cara que na calçada estava tocando flauta transversal, com as conversas alheias... Ai.
Me bate um cansaço súbito, saio de lá, entro no primeiro ônibus, vou pra casa. Mas não tão logo... trânsito. Ok. Chego em casa com muito dor de cabeça, ombros tensos, olhos lacrimejando, cabeça que não consegue parar de rodar nem focar em apenas dois pensamentos de uma vez, são cinco, seis coisas ao mesmo tempo! Latido de cachorros, dor nos pés por causa do sapato de salto alto, inchaço nas pernas e em todo o resto dom meu corpo por causa da TPM. Cara, que caos em mim. Banho na cachorrinha, secar a cachorrinha no secador, passar um pano no meu quarto pois está com xixi de cachorro, pano no quarto da minha mãe, lavar o banheiro, fazer algo rápido pra comer. Depois tomar banho, sentar no notebook, abrir arquivos para traduzí-los e... peraí... que tanto os cachorros latem na porta? Vou até lá e grito para que voltassem pro quarto, mas os insuportáveis correm pra porta denovo (são dois cães, um casal) e, quando já inflo o peito de chinela na mão, ouço alguém do outro lado 'Adriana, é você?! A Adriana tá aí?!', ué... quem tá procurando pela minha mãe às quase 22h de quinta-feira? Abro lentamente a porta e quase não reconheço os dois senhores de rostos enrrugados à minha frente. Meus dois tios da Bahia. Oh, não Deus! Agora não, hoje Não!
Entram, sentam, perguntam pelos meus pais que estavam em reuniões, começam a tagarelar conversas dispersas, um reclama que minha avó vive reclusa, ouço palavras que não me agradam, minha cabeça lateja mais, os cachorros latem. Ligo pro meu pai e digo pra ele vir o quanto antes e meia hora de tormenta depois ele chega. Posso voltar pro notebook novamente, volto, mas mal consigo enxergar as letrinhas, são quase 23h. AH, chega... gravo meus arquivos na pen-drive e vou pra cama.
Ahh, a cama... finalmente. Mas, peraí. O travesseiro não é o meu. a janela está entreaberta e deixa vir aquele ventinho gelado que sempre me deixa resfriada e mais o som alto dos ônibus que ainda passam, muito, na frente do prédio. Forço-me a pegar no sono. Mas que merda de sono... noite toda acordada, barulho, cachorro que às quatro da manhã começa a latir direto. Vai ver ele também não consegue dormir bem à algumas noites. Tadinho.

2 comments:

Anonymous said...

Também experimento isso uma vez por mês.
Parece que quando estamos na TPM o mundo conspira contra nós.

Saudade enorme mais tempo corrido.

Beijo.

Anonymous said...

Sagá, eu deixo, eu deixo você dar um soco na minha melancolia...

Beijo enorme.
Mó saudade de vocês.