Forte.Denso.Conciso.Difícil

Olhando algumas imagens recordo do ditado que diz que para amar às vezes devemos deixar livre. E luto com isso. Luto, mas talvez não exatamente contra isso. Lutar contra não é a mesma coisa do que lutar por. E por muitas, muitas coisas eu prefiro lutar por. Inclusive por pessoas que eu quero por perto. Eu mesma tenho uma única determinação iminente, única e sincera, que é ser livre. Livre não no sentido adolescente (aquele rebelado, autoritário e contraditório; que não entende e que não deixa ser entendido), mas sim no sentido lúdico e experimental. Aquele que procura a melhor forma de ser ele mesmo. Na sua simplicidade, autenticidade, normalidade, desgovernança e porque não, na sua loucura intríseca. Contenho regras. Mas na maioria das vezes acho que elas me contém. Já me disseram uma vez que sou muito séria comigo mesma. Talvez seja coisa de quem é câncer em aquário. Nunca me preocupei muito com isso, com o que os outros achavam dos meus comportamentos e das minhas seriedades momentâneas, mas acho que cheguei num ponto que minha transparência é explícita e minha aura reflete para qualquer um ver, mesmo que eu preferiria não ser enxergada por qualquer um, apenas por específicos. Nessa corro o risco da minha seriedade ser crônica.Pequenas mudanças de hábitos, pequenas vontades realizadas e não simplesmente cumpridas. Pois realizamos sonhos, mas cumprimos apenas tarefas e obrigações. Seriedade demais faz mal pro espírito. Seja glamurosa, feliz, radiante, sorridente como uma francesa louca, divina, plácida, extasiante, sagástica, brilhante, gloriosa, deusa, intensa ou simplesmente perfeita. Mas seja tudo, alguma coisa ou nada disso. O que for. Whatever. Mas seja nua. Despida de artefatos, iluminação externa, maquiagens, paetês, luvas de pilica, plumas, scarpins, corpetes, vestidos, figurantes ou cinta-liga. Apenas você. Aí fica um pouco mais difícil, não? É o que eu quero dizer. Toda essa divindade deve estar iminente no ser, não grudada à ele. Deu pra entender? Ser. Simplesmente ser.